Sou médico de emergência: já retirei objetos do reto tão inacreditáveis que o outono nunca mais será o mesmo — este caso envolveu um Yankee Candle inteiro
Nos bastidores da urgência, o Dr. Kenji Oyasu, médico de emergência em Chicago, tornou-se viral ao responder a pergunta que todo mundo faz quando descobre que trabalha na linha de frente: qual foi o objeto mais estranho já retirou do reto? Ele lembra que, quando diz que é médico de emergência, as pessoas costumam perguntar duas coisas: "Qual é a coisa mais doentia que você já viu?" e "Qual é a coisa mais estranha que você já retirou do ânus?" Entre os milhares de casos, um se sobressai pela dimensão — e pela temporada: um paciente confessou que, com a namorada, "ficou meio maluco" na noite anterior e colocou algo ali que não conseguiram tirar. O objeto era uma Yankee Candle — não apenas o topo, mas o frasco desktop inteiro, ainda com o cheiro de outono. Em outubro, o perfume era pumpkin spice.
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O que aparece no pronto-socorro: coisas no reto são mais comuns (e mais estranhas) do que você imagina
Oyasu afirma que a revelação de trabalhar em emergência costuma gerar curiosidade. As duas perguntas que ele ouve com mais frequência são: "Qual foi a coisa mais doentia que você já viu?" e "Qual foi a coisa mais estranha que você já retirou do ânus?" Ele, veterano de casos assim, diz que muitos pacientes chegam com uma soma de situações que cabem no rótulo bem específico de "coisas no reto". Entre esses casos, um se destaca pela dimensão e pela coincidência com o outono: alguém dizendo ter tido problemas pessoais e que, na noite anterior, ficou "louco" o bastante para colocar algo ali — e não conseguir remover.
O caso que virou lenda: uma vela Yankee Candle
O paciente, com a queixa de "problemas pessoais", revelou que ele e a namorada "ficaram loucos" na noite anterior e colocaram algo ali e não conseguiram remover. O objeto era uma Yankee Candle desktop jar — o frasco inteiro, não apenas o topo — ainda dentro do corpo do paciente na consulta. Apesar da curiosidade, Oyasu manteve o foco no que importa: como sair com segurança. Não se tratava de saber o porquê, mas de planejar a retirada sem danos. Para lidar com itens tão grandes, a equipe optou por procedimentos semelhantes aos de uma cirurgia: intubação, paralisar o paciente com anestesia e colocá-lo em ventilação para facilitar a extração. O cheiro, claro, também foi motivo de aposta entre a equipe: pumpkin spice acabou vencendo a aposta.
A técnica por trás da retirada de objetos grandes
Quando o objeto é grande, não basta alcançar e puxar. A sucção pode criar um vazio que puxa o item de volta, dificultando a retirada. Por isso, a retirada envolve uma abordagem cirúrgica: entubação, anestesia e suporte ventilatório, como em uma operação real. Durante o procedimento, os músculos de todo o corpo são relaxados para que o profissional possa alcançar e segurar o objeto com segurança. O objetivo é retirar sem ferir o reto nem provocar lesões graves, preservando a saúde do paciente.
Dados chocantes que colocam tudo em perspectiva
Um estudo de 2023 na American Journal of Emergency Medicine aponta que quase 4.000 pessoas são hospitalizadas a cada ano por objetos estranhos no reto. A amostra indica idade média de 43 anos; cerca de 78% são homens e 40% desses pacientes precisam de hospitalização. Mais da metade dos objetos inseridos são sexuais, incluindo vibradores, contas anais ou outros brinquedos sexuais. Casos que ficaram marcados: uma lata de desodorante presa no reto que exigiu cirurgia de emergência; e, em 2022, um cidadão francês chegou ao hospital com uma bala de artilharia da Primeira Guerra Mundial alojada no reto, levando o hospital a evacuar parcialmente por medo de bomba. Esses relatos mostram a curiosidade humana em situações extremas e a prontidão da medicina para lidar com o inesperado.