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Shasta, a Montanha Misteriosa que Atrai Fantasmas, Portais e Extraterrestres

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Shasta ergue-se a 4.200 metros de altitude entre as florestas do norte da Califórnia, sendo uma das paisagens naturais mais impressionantes do Oeste americano e, ao mesmo tempo, uma das mais enigmáticas. Ao longo dos séculos este vulcão nevado foi envolto por mitos, lendas e relatos de fenômenos inexplicáveis. Da existência de cidades subterrâneas a avistamentos de OVNIs, de portais espirituais a encontros com aparições, Shasta construiu a reputação de um lugar onde o paranormal parece tocar o cotidiano. Nesta narrativa visual, seguimos as histórias que tornam a montanha um ícone de mistério e de energia que parece atravessar o tempo.

Shasta, a Montanha Misteriosa que Atrai Fantasmas, Portais e Extraterrestres

Origens sagradas: povos Wintu, Modoc e Shasta consideram a montanha um lugar sagrado

Antes da chegada de exploradores modernos, os povos nativos da região — como os Wintu, Modoc e Shasta — viam a montanha como um local sagrado. Em suas tradições orais, a montanha era a morada de espíritos poderosos, deuses e deusas. Os Wintu acreditavam que a montanha era um portal pelo qual os espíritos poderiam mover-se entre os mundos, e os Modoc falavam de Skell, o Criador, que desceu dos céus para estabelecer-se no topo de Shasta. Hoje, muitos povos nativos continuam considerando a montanha um espaço sagrado para orações e cerimônias, onde a cortina entre o mundo físico e o espiritual é tênue e, por vezes, desaparece por completo, levando o mundo físico a encontrar-se com o espiritual.

Origens sagradas: povos Wintu, Modoc e Shasta consideram a montanha um lugar sagrado

A lenda de Lemúria e Telos: um reino subterrâneo sob a montanha

Uma das lendas mais conhecidas sobre Shasta é a de Lemúria, o continente perdido que, segundo se diz, afundou no Pacífico há milhares de anos. Segundo a lenda, os remanescentes de Lemúria esconderam-se debaixo da terra e fundaram, sob a montanha, uma cidade secreta chamada Telos. Histórias sobre Telos circularam no final do século XIX, popularizadas por escritores como Frederick Spencer Oliver e, mais tarde, por movimentos ocultistas como a teosofia. Essas fontes descrevem os lemurianos como seres altos e sábios, com pele dourada e conhecimentos espirituais avançados, vivendo em vastas câmaras subterrâneas iluminadas por cristais. Alguns viajantes modernos afirmam ter encontrado esses seres, ou pelo menos visto luzes misteriosas ou fendas que pareciam levar para dentro da montanha.

A lenda de Lemúria e Telos: um reino subterrâneo sob a montanha

OVNIs e encontros espirituais no século XX

Shasta tornou-se, ao longo do século XX, um local de observação de OVNIs. Relatos da comunidade local e de viajantes falam de bolas luminosas pairando sobre o cume, de aeronaves misteriosas que cruzam o céu e de luzes inexplicáveis que parecem atravessar fendas na encosta. Um dos episódios mais conhecidos ocorreu na década de 1930, quando o garimpeiro britânico Guy Ballard afirmou ter encontrado um Mestre Ascendido chamado Saint‑Germain nas encostas de Shasta. A história de Ballard deu origem ao movimento espiritual «EU SOU», que associava a montanha a seres extraterrestres e elevados. Hoje, essa região continua a atrair entusiastas de OVNIs e buscadores espirituais que acreditam que a montanha é uma porta entre dimensões.

OVNIs e encontros espirituais no século XX

Fantasmas, aparições e desaparecimentos ao redor da montanha

Além dos avistamentos de OVNIs, a região de Shasta é alvo de boatos sobre aparições de fantasmas e pessoas desaparecidas. Turistas relatam ouvir vozes, passos ou cantos na mata profunda, quando não há mais ninguém por perto. Alguns afirmam ter visto figuras luminosas que desaparecem entre as árvores, ou portais que distorcem o tempo e a distância. Um dos casos mais citados envolve um garoto que desapareceu perto de Shasta no início dos anos 1950. A criança sumiu por algumas horas, foi encontrada são e salvo, mas estranhamente silenciosa. Mais tarde, ele teria contado aos pais que foi “levado para debaixo da terra” por uma mulher que “era parecida com ele”, mas não era a sua mãe. Ela o tele comunicava e mostrava-lhe “robôs” numa caverna debaixo da montanha. Esta história, ainda sem confirmação, tornou-se parte do folclore de Shasta e é mencionada em livros sobre pessoas desaparecidas e fenômenos paranormais, incluindo obras do autor David Paulides.

Fantasmas, aparições e desaparecimentos ao redor da montanha

Desaparecimentos, o Triângulo de Shasta e debates sobre o invisível

Entre casos e boatos, o território de Shasta ganhou o rótulo de parte de um «Triângulo de Shasta» — uma região que, segundo alguns, é um foco de atividade interdimensional, similar ao Bermuda Triangle. De acordo com os visitantes, aqui podem ocorrer esferas luminosas, névoas estranhas, desvios de tempo e encontros com seres descritos como «homens altos trajando mantos» ou "entidades energéticas". Anomalias no campo magnético da montanha e o alto teor de quartzo levaram alguns a supor que Shasta possa ser um «vórtice energético» que amplifica fenômenos espirituais ou espaciais. Os céticos apontam para explicações mais realistas: terreno acidentado, mudanças climáticas súbitas, túneis de lava e cavernas vulcânicas que podem fazer com que alguém se perca por tempo indeterminado. A combinação de encostas íngremes, fadiga e baixa visibilidade pode transformar uma simples caminhada numa busca mortal. Entretanto, desaparecimentos ocorreram mesmo entre caminhantes experientes que conheciam bem o terreno, alimentando as histórias. A explicação magnética inclui três fatores: estruturas subterrâneas; fluxos de lava na parte oeste do vulcão com maior teor de brecchia, aumentando a magnetização; e minerais como titanomagnetita presentes no basalto e no gabro, que adquirem magnetização quando a lava esfria, alinhando-se com o campo.

Desaparecimentos, o Triângulo de Shasta e debates sobre o invisível

Shasta: entre natureza e misticismo — o segredo que atrai o mundo

Shasta continua a atrair aventureiros, místicos e buscadores da verdade de todo o planeta. Para alguns é um lugar de despertar espiritual; para outros, um reino de forças poderosas e inexplicáveis. Para as famílias de quem sumiu, permanece um lembrete arrepiante de que a montanha pode nunca revelar todos os seus segredos. Independentemente de a ver como maravilha geológica, sagrado ou portal para outra dimensão, não se pode negar o magnetismo estranho que a cerca. No fim, Shasta permanece como um dos lugares mais enigmáticos da América do Norte, onde o natural e o sobrenatural se entrelaçam em uma dança que continua a fascinar cientistas, místicos, exploradores e sonhadores.

Shasta: entre natureza e misticismo — o segredo que atrai o mundo