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Voltei da morte — existe, sim, uma vida após a vida

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Ray Catania, 20 anos, morreu num vazamento de gás que encheu o quarto e incendiou a casa dos pais enquanto dormia. "O gás subia pela minha cama durante a noite inteira, e eu o respirava", ele diz, hoje com 57, morando em Nova York. "Havia uma bola de chamas enorme, e a parede pegou fogo. Meu pai apagou com um extintor." Ao ouvir o barulho dos rádios da polícia e dos caminhões de bombeiros, Ray tentou sair da cama, mas não conseguiu. "Não consegui mexer as pernas. Estavam completamente paralisadas. Não consegui nem tirar a cabeça do travesseiro; não consegui gritar ou falar." Ele se arrastou com um braço, caiu no chão e bateu a cabeça nas tábuas. Curiosamente, não sentiu dor. "Não senti nada porque eu não estava mais nesse corpo. Eu estava acima dele, no canto do meu quarto, olhando para baixo. Eu via meu corpo sem vida. O quarto era um quadrado perfeito; as cores eram vivas e brilhantes, tudo parecia mais nítido, como passar de televisão antiga para alta definição. E eu estava encharcado, porque a primeira coisa que você faz quando morre é fazer xixi em si mesmo." "Do outro lado, no canto oposto, havia A Luz. "Era um cone enorme de luz branca, mas não era apenas uma luz. Era tudo. Era amor, ausência de dor, paz, alegria, iluminação. Não havia separação — eu era parte disso." "Uma entidade desconhecida o chamou para perto da Luz e Ray sentiu uma euforia indescritível. "Nada jamais terá sido tão bom quanto aquele momento; não creio que nada volte a ser assim até eu retornar à luz." Ao se aproximar, Ray viu seu pai entrar na sala, gritar por paramédicos e retirar o corpo do chão. Ray foi devolvido aos vivos pela equipe de resgate. "Acordei, eles estavam por cima de mim com todas as ferramentas, mas não senti dor." Ele fez recuperação completa, mas descobriu mais tarde que morrera de novo várias vezes a caminho do hospital. Ao contar aos familiares sobre a experiência, foi visto como lunático, e Ray passou anos duvidando de si mesmo. Ainda assim, aquilo mudou sua vida: ele passou a estudar espiritualidade e, mais tarde, tornou-se counsellor metafísico e escritor.

Voltei da morte — existe, sim, uma vida após a vida

Ray: na fronteira entre o corpo e a Luz

Durante a experiência de fora do corpo, Ray descreve estar acima do próprio corpo, olhando para baixo, em um quarto que parecia se tornar mais nítido do que a vida. O tempo pareceu ceder quando a Luz se revelou. "Era uma cone de luz branca, não era apenas uma luz. Era tudo: amor, paz, alegria, iluminação. Eu era parte disso." Um ser desconhecido chamou-o para o centro da Luz, e Ray experimentou uma euforia que ele diz ter superado qualquer sensação anterior. No entanto, a aproximação também trouxe a lembrança de que seu pai entraria na sala e tentaria salvá-lo. Em poucos momentos, ele voltou a respirar entre os vivos, com a certeza de que não havia dor na experiência que acabou lhe trazendo uma nova forma de ver a vida.

Ray: na fronteira entre o corpo e a Luz

Stella e Abigail: testemunhos que desafiam explicações fáceis

Stella Ralfini, de 78 anos, Londres. Aos 16, sua vida quase acabou quando o coração parou por quatro minutos após um acidente de carro. Ela descreve um momento sem túnel, mas com a vida a passar diante de seus olhos: lembranças com os pais e outras pessoas. Ao retornar, viu sua perna em ângulo estranho, sangue na estrada e alguém tentando reanimá-la. Logo depois, acordou na ambulância. A experiência moldou sua trajetória: tornou-se budista, treinou-se em Reiki no Japão e aprendeu com monges na China. Ela afirma: "Não acredito que morremos quando o corpo morre... quem era a pessoa olhando de cima?" Abigail Barnes, 45, Londres, viveu um episódio similar após um enorme derrame há 13 anos. Em Boston, acordou com fortes dores de cabeça, enxaquecas e paralisia. Olhando para dois mundos, ela descreveu uma porta de carvalho que parecia guiar sua passagem entre a normalidade e uma espécie de limbo. Havia vozes discutindo se ela tinha mais chances de voltar. Mais tarde, viu uma figura com enormes asas, como um Arcanjo, que desapareceu assim que percebeu que havia sido visto. A mãe católica de Abigail estava em oração, a milhares de quilômetros de distância. A ciência oferece explicações: a hipóxia pode provocar túnel de visão, luzes intensas e êxtase; o acúmulo de dióxido de carbono pode gerar alucinações; a atividade do lobo temporal pode produzir sensações religiosas, e uma descarga de neurotransmissores pode explicar calma e euforia. Mas Ray, Stella e Abigail não tentam provar a vida após a morte; dizem que essas experiências mudaram profundamente suas vidas, trazendo mais paz, intuição e compaixão.

Stella e Abigail: testemunhos que desafiam explicações fáceis

O estudo Afterlife Experiences Survey e o que ele sugere

O Afterlife Experiences Survey, conduzido por Brandon Massullo (Wooster Community Hospital) e James Houran (Integrated Knowledge Systems), tem ouvido pessoas ao redor do mundo com memórias incomuns para entender se podem ser evidências de uma vida após a morte. James descreve: "Este é um estudo que visa alcançar pessoas ao redor do mundo que tiveram experiências incomuns que eles acreditam poder evidenciar uma vida após a morte. Estamos testando algumas hipóteses secretas, mas pensamos que as diversas experiências mostram padrões meta que ainda não foram explorados ou talvez nem suspeitados." Ray, Stella e Abigail não buscam provar nada a ninguém. Eles afirmam apenas que a experiência mudou a forma como vivem, sentem e ajudam os outros. Ray conclui: "No final do dia, somos todos um, fazemos parte desta luz."

O estudo Afterlife Experiences Survey e o que ele sugere