Trump anuncia uma revolução nos preços de remédios com a Pfizer: descontos que prometem reduzir custos em até 1.000%
O presidente Donald Trump e a gigante farmacêutica Pfizer anunciaram um acordo para reduzir o preço de vários medicamentos com prescrição, começando já. A administração informou, em coletiva de imprensa, que quase todo o portfólio da Pfizer será ofertado a preços mais baixos no TrumpRx, um site que será lançado em breve. A equipe explicou que cidadãos poderão comprar remédios diretamente, sem a intermediação de seguros, por meio do TrumpRx, conforme afirmou a porta-voz Karoline Leavitt. Chris Klomp, assessor sênior do secretário da Saúde e Serviços Humanos, afirmou que o acordo trará os maiores descontos já vistos na história dos EUA. O plano prevê a adoção de preços MFN — buscar o menor preço disponível em outros países desenvolvidos e aplicá-lo nos EUA. Trump afirmou que alguns remédios poderiam sofrer quedas de preço de até 1.000%, embora não tenha nominado quais.
Plano MFN: preços mais baixos de todos os tempos, já a partir de agora
O acordo adota a estratégia MFN: a ideia é acompanhar o menor preço disponível de cada medicamento em nações desenvolvidas e aplicar esse valor nos EUA. A medida vem na esteira de uma ordem executiva assinada por Trump em maio, que exige o uso de MFN pelas fabricantes de medicamentos. Trump afirmou que as reduções começariam 'agora mesmo' e que o TrumpRx permitirá compras diretas, sem depender dos planos de saúde. No entanto, o site ainda não está disponível. Chris Klomp reforçou que estamos diante dos 'maiores descontos na história' nos EUA. Pfizer também se comprometeu a investir US$70 bilhões para deslocar a fabricação para os EUA, financiar pesquisa e desenvolvimento e manter o foco em inovações como tratamentos contra o câncer e novas vacinas. Albert Bourla, CEO da Pfizer, descreveu o dia como histórico e afirmou que hoje estamos virando a maré e revertendo uma situação injusta. Fica ainda incerto quando exatamente as reduções entrarão em vigor e se elas contemplarão Medicare/Medicaid ou apenas segurados privados. O TrumpRx ainda não está disponível.
Impactos, números e o que vem a seguir
Além das promessas de descontos, o governo sinaliza a possibilidade de impor tarifas de 100% sobre fármacos patenteados fabricados fora dos EUA, o que elevaria os preços de remédios não produzidos aqui. A Pfizer possui cerca de 300 medicamentos e vacinas no portfólio, incluindo Viagra, Xanax e 22 medicamentos aprovados para câncer, além de vacinas contra a Covid com tecnologia de mRNA. Dados históricos: entre 2022 e 2023, mais de 4.200 medicamentos aumentaram de preço; o aumento médio foi de 15% (cerca de US$590 por produto) e o maior aumento chegou a 3.000%. Estudos de 2024 publicados na JAMA mostram que drogas comuns, como Jardiance (diabetes), são até cinco vezes mais caras nos EUA do que em países como a Austrália. O anúncio também envolve previsões de tarifas para empresas que não cumprirem, com possíveis tarifas entre 5% e 8%. O governo reconhece ainda a possibilidade de uma paralisação que pode atrasar o cronograma do TrumpRx. O comissário da FDA, Dr. Marty Makary, disse: "Hoje é o começo do fim do grande golpe americano". Albert Bourla, CEO da Pfizer, afirmou: "Este é um dia histórico. Hoje estamos virando a maré e revertendo uma situação injusta". O espírito da notícia é de transformação, com a promessa de mais inovação, mas muitos detalhes permanecem por definir.