Robin, o robô que atua como criança para acalmar pacientes pediátricos: 30% autônomo, gestão remota e presença em 30 unidades de saúde
Um rosto animado surge em uma tela do tamanho de um tablet, montada sobre um torso robótico em formato de cone. Robin percorre corredores de hospitais, fazendo piadas, exibindo caretas e jogando jogos simples com pacientes.
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O que é Robin e como funciona
Robin foi criado pela Expper Technologies e exibe uma persona infantil — uma menina de cerca de sete anos — em uma tela que fica acima de um corpo de robô. Apenas cerca de 30% de suas ações são autônomas; o restante é orientado por uma equipe de teleoperadores remotos. Ele coleta dados de cada interação, segundo a empresa, em conformidade com a HIPAA. O objetivo é oferecer conforto e companhia, não substituir o contato humano, e já está presente em cerca de 30 instalações de saúde nos EUA, em estados como Califórnia, Nova York, Massachusetts e Indiana.
Impactos reais: histórias de pacientes e profissionais
Os pacientes responderam com alegria ao robô. Quando tocou a música favorita de uma adolescente ferida num acidente, ela dançou. Em outro momento, uma menina riu ao vê-lo usando óculos engraçados e um nariz vermelho. Em outra ocasião, Robin jogou tic-tac-toe com uma criança. A equipe e as famílias relatam momentos de conexão: Samantha da Silva, fonoaudiologista do HealthBridge Children’s Hospital, em Orange County, disse: “Ela traz alegria para todos. Ela percorre os corredores, todos adoram conversar com ela.” Meagan Brazil-Sheehan descreveu a lembrança de seu filho: “O rosto dele se iluminou quando ela o reconheceu pelo nome.”
Riscos e críticas: quando a empatia encontra limites
Alguns críticos alertam que o robô reflete as emoções do interlocutor — ri quando o momento é bom e exibe empatia quando ele é difícil — o que pode reforçar sentimentos em vez de desafiá-los a buscar spaces mais saudáveis.
O futuro de Robin e o dilema da assistência mediada por IA
Karl Khachikyan, CEO da Expper Technologies, afirmou: “Nosso objetivo é desenhar a próxima evolução de Robin; ela assumirá mais responsabilidades e se tornará parte essencial da entrega de cuidados.” A equipe continua expandindo a presença e questionando como a tecnologia pode se manter relevante à medida que a novidade diminui. Em cinco anos, Robin esteve em 30 instalações nos EUA; o desafio é equilibrar eficiência com a qualidade do vínculo humano. A reflexão permanece: a tecnologia substitui a conexão humana ou a amplifica?