Pulseira de ouro do Faraó Amenemhat III roubada no Cairo durante restauração; três mil anos de história derretidos para formar novas joias
Uma pulseira de ouro, pertencente ao faraó Amenemhat III, sumiu do Museu do Cairo durante uma restauração no laboratório da instituição. O artefato, com cerca de três mil anos, foi roubado e, logo depois, derretido para virar ouro novo. O caso expõe falhas na proteção de patrimônios culturais e reacende o debate sobre a segurança em museus egípcios.
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O que aconteceu — do roubo no laboratório ao destino inicial do objeto
Segundo o Ministério do Turismo e do Patrimônio Cultural do Egito, o roubo foi cometido por um restaurador que trabalhava na sala de restauração do museu. O objeto roubado foi, então, entregue ao proprietário de uma joalheria no distrito de comércio de joias do Cairo, que o vendeu a um mestre de uma oficina de processamento de ouro por cerca de 3.700 dólares.
Como o objeto foi derretido
O proprietário da oficina vendeu o item a um trabalhador da fundição de ouro, que derreteu a pulseira e a transformou em uma nova coleção de joias.
Reação das autoridades e medidas adotadas
Três suspeitos ligados ao crime foram detidos pela polícia, e o dinheiro obtido com a venda foi apreendido. Em resposta, foi criada uma comissão especial para revisar o inventário e auditar todos os itens de arte na sala de restauração do museu, para confirmar que nada mais tenha sumido. A pulseira fazia parte de uma coleção preparada para uma exposição na Itália, intitulada Tesouros dos Faraós, prevista para o próximo mês em Roma.
Reflexões sobre patrimônio e futuro
Este incidente mostra como a proteção do patrimônio cultural precisa de maior rigor. A história que a pulseira carrega é parte de uma viagem que poderia levar uma coleção inteira a Roma. Museus e laboratórios de restauração devem fortalecer controles, inventários e vigilância para evitar que tesouros tão antigos se percam.