Perdeu tudo e escolheu o silêncio: o maior colapso cripto da história e a sombra que ficou
Na noite entre 10 e 11 de outubro, o mercado de criptomoedas viveu a maior queda já registrada. Em poucas horas, o volume de negociações ficou cerca de 120 vezes acima do normal, e o Bitcoin caiu para um piso local de 102 mil dólares. O colapso resultou em liquidações que somaram mais de 19 bilhões de dólares em 24 horas, e a capitalização total do mercado recuou de aproximadamente 4,7 trilhões para cerca de 3,8 trilhões em 48 horas. Rumores não verificados circularam de que até 2.000 traders teriam se suicidado em decorrência do choque, mas essa cifra não foi comprovada. O peso humano por trás dos números, porém, já é evidente. Nesta mesma conjuntura, circulou a informação de que Donald Trump anunciaria tarifas adicionais de 100% sobre bens da China a partir de 1º de novembro de 2025, o que aumentou o pânico no mercado.
In This Article:
O dia em que o mercado desabou — números que cortam a respiração
A fase de liquidações durou entre 10 e 15 minutos, mas os impactos foram devastadores. Na Binance, a maior exchange, o Bitcoin atingiu um piso local de 102 mil dólares. A cascata de liquidações de posições com alavancagem empurrou os preços ainda mais para baixo, alimentando uma espiral de venda. O volume total liquidado em 24 horas superou 19 bilhões de dólares — um recorde esmagador, quase nove vezes maior do que o anterior. Em comparação, durante a crise de março de 2020, as liquidações somaram 1,2 bilhão de dólares, e o colapso da exchange FTX, em novembro de 2022, gerou liquidações de cerca de 1,6 bilhão. No total, cerca de 1,6 milhão de traders foram liquidados, um número sem precedentes. A capitalização do mercado cripto caiu de aproximadamente 4,7 trilhões para cerca de 3,8 trilhões em 48 horas.
Kostya Kudó: o caso que colocou rosto humano no vazio
O caso mais repercutido foi o suicídio do trader ucraniano Konstantin Ganich, conhecido como Kostya Kudó. Em 11 de outubro, o corpo dele foi encontrado no interior de um Lamborghini Urus em Kyiv, com arma de fogo na cabeça. A polícia abriu investigação, com a linha principal apontando para suicídio relacionado a dificuldades financeiras. Antes de morrer, Ganich havia informado familiares sobre um estado de desânimo e enviou uma mensagem de despedida. Segundo fontes abertas, ele pode ter perdido entre 30 e 65 milhões de dólares, grande parte dos quais fundos sob sua gestão, inclusive de funcionários de serviços de segurança. Ganich era fundador da plataforma Cryptology e presidia a Associação de Traders da Ucrânia. Além do Lamborghini, possuía também o único Ferrari 296 GTB no país, avaliado em 15 milhões de hryvnias.
Rumores, tragédias e lições: a linha tênue entre risco e vida
Logo após o abalo, redes sociais foram inundadas por rumores de uma onda de suicídios entre traders, com números de até 2.000 vítimas. No entanto, até o momento, o único caso oficialmente confirmado é o de Kostya Kudó. Antes disso, em fevereiro de 2025, circulou a notícia de um trader sob o pseudônimo “Im really poor”, que supostamente cometeu suicídio durante uma transmissão ao vivo em 22 de fevereiro de 2025. Em maio de 2019, na Índia, Bharat Patel cometeu suicídio após não conseguir devolver recursos emprestados a um policial, deixando uma nota. Sua esposa pediu aos irmãos que aceitassem pagamentos parcelados, mas eles exigiram o valor total. Um estudo da Open University (Reino Unido) mostrou que, entre 2008-2009, durante a crise hipotecária, houve mais de 6.500 casos de suicídio ligados a quedas de mercado. O mercado financeiro não é o mesmo que o cripto, mas também tem seus “vai e vem” de alta e baixa; o risco de perder grande parte do capital permanece, especialmente para quem opera com alavancagem.
Cuidar da vida acima de tudo: uma conclusão dolorosa e necessária
Esta história deixa uma mensagem clara: nenhum dinheiro vale mais do que a própria vida. Em meio ao desespero, o texto encerra com um lembrete de que a saúde mental vem primeiro e de que a volatilidade do mercado não justifica o abandono da vida. Há também uma nota comercial no texto, oferecendo depósitos bancários com juros entre 16% e 30% ao ano e um bônus de 5,5% no primeiro depósito, com instruções de abertura via Finuslugi (promocional: BONUS55). Não é necessário baixar o aplicativo móvel. Você pode acompanhar mais conteúdos sobre investimentos e finanças no canal de Telegram @sid_inves. E você, já enfrentou quedas no criptomercado? Suas experiências ajudam a entender o que é real e o que é excesso de risco.