Pakal, o Grande: rei maya, segredo milenar ou visitante de outros mundos?
Pakal, o Grande, foi mais do que um governante: ele é um enigma que atravessa milênios. Sua sepultura, descoberta em 1952, revelou uma tumba monumental que transformou Palenque em uma janela para um mundo de poder e mistério. O sarcófago, pesando cerca de 20 toneladas, repousa dentro de uma tumba de arquitetura impecável, abrindo perguntas que a arqueologia ainda busca responder.
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O mausoléu que encanta arqueólogos: o sarcófago de 20 toneladas e a câmara perfeita
A tumba de Pakal fica em Palenque, aninhada entre colinas que parecem tocar o céu. O mausoléu abriga um sarcófago com cerca de 20 toneladas, inserido numa estrutura cuja arquitetura é descrita como impecável, sem imperfeições aparentes. A descoberta, em 1952, é tida como uma das mais importantes da arqueologia, oferecendo pistas sobre o apogeu da civilização maia e, ao mesmo tempo, gerando novas perguntas sobre quem foi Pakal e como ele governou por cerca de 60 anos.
A cena no topo: monstros, vida e cruzes sob uma serpente de duas cabeças
Na laje superior do sarcófago encontra-se uma iconografia rica e complexa. Um monstro com dentes proeminentes e olhos vazios carrega símbolos de morte e vida. Sobre ele, um homem trajando roupas ricamente adornadas aparece, enquanto uma planta emerge da boca do monstro. Em volta, uma cruz é envolvida por uma serpente de duas cabeças e, no topo, repousa a quetzal — símbolo sagrado para os maias. A composição sugere temas de poder cósmico, criação e renovação.
Interpretações e controvérsias: de descrições cósmicas a uma leitura de ficção
Desde o início, a imagem provocou diversas leituras. Alguns arqueólogos viram a cena como uma descida ao submundo ou uma ascensão aos céus. No século XX, Erich von Däniken afirmou ter visto ali uma representação de um foguete, com o homem controlando o dispositivo e a perna esquerda no pedal. Embora essa leitura não seja aceita pela maioria dos especialistas, ela destaca o fascínio que a imagem antiga desperta e como as pessoas tentam decifrá-la sob novas lentes.
O enigma permanece: Pakal foi homem ou extraterrestre?
Além da iconografia, Pakal governou por cerca de 60 anos — um feito notável numa era em que a expectativa de vida era bem menor que hoje. Sob o templo, uma vasta rede de túneis de vários níveis se estendia em diferentes direções, e os cientistas acreditam que esses túneis foram erguidos muito antes da construção da própria tumba. Assim, a identidade de Pakal continua envolta em mistério: foi ele um homem comum, uma divindade entre os maias ou algo que desafia a compreensão humana?