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O CEO da Microsoft teme que a IA destrua a empresa — e ele está quase sem dormir

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Milhares de trabalhadores foram demitidos e a moral está em baixa. A cultura da empresa mudou de modo abrupto, alimentando o medo constante de ser demitido — ou de ser substituído pela IA, conforme a Microsoft acelera sua aposta na tecnologia. No meio dessa turbulência, Satya Nadella encara uma pressão imensa para manter a Microsoft relevante na corrida pela IA, o que pode torná-la ainda mais vulnerável a mudanças rápidas.

O CEO da Microsoft teme que a IA destrua a empresa — e ele está quase sem dormir

A crise de moral: demissões em massa e uma cultura de medo

Relatos internos mostram que a moral entre as equipes está no limite. A empresa passou por várias rodadas de demissões que atingiram milhares de trabalhadores, e muitos descrevem uma cultura cada vez mais orientada para resultados de curto prazo. O medo de perder o emprego ou de ver colegas substituídos pela IA tornou-se frequente entre equipes de tecnologia, vendas e suporte. Mesmo com investimentos ambiciosos, a pressão interna só aumenta.

A crise de moral: demissões em massa e uma cultura de medo

O peso do passado: DEC, Windows NT e o medo de perder a identidade

Segundo The Verge, Nadella ficou “assombrado” pela história da Digital Equipment Corporation (DEC), empresa da década de 1970 que foi rapidamente eclipsada pela IBM após erros estratégicos. Nadella afirmou que “algumas das pessoas que contribuíram para o Windows NT vieram de um laboratório da DEC que foi demitido”, lembrando como decisões passadas ainda ecoam no presente. Hoje, a corrida pela IA alimenta uma caça por talentos de alto custo, com empresas dispostas a pagar fortunas para atrair especialistas.

O peso do passado: DEC, Windows NT e o medo de perder a identidade

A corrida pela IA: bilhões investidos e a relação tensa com a OpenAI

A aposta da Microsoft em IA não é apenas ambição: é uma aposta de múltiplos bilhões. A empresa planeja investir US$ 80 bilhões em data centers de IA, um valor que supera o que rivais como Google e Meta estavam dispostos a investir. A relação com a OpenAI tem sido testada: a OpenAI busca aprovação para se tornar lucrativa, ao mesmo tempo em que precisa de ainda mais capacidade de computação do que a Microsoft pode oferecer. Recentemente, as duas assinam um memorando de entendimento não vinculante, enquanto trabalham para finalizar termos em um acordo definitivo. Tudo isso mostra uma parceria ainda instável em meio a uma mudança tecnológica rápida.

A corrida pela IA: bilhões investidos e a relação tensa com a OpenAI

O futuro da Microsoft: o dilema entre inovação e tradição

Nadella não esconde o medo do fracasso: “todas as categorias que talvez tenhamos amado por 40 anos podem não importar mais.” Ele diz que a empresa precisa ser útil no futuro apenas se construir algo verdadeiramente duradouro, em vez de se apegar ao que foi criado no passado. Enquanto os vencedores da indústria tendem a colher grandes ganhos, os perdedores — como a DEC — podem tornar-se apenas uma nota de rodapé na história da tecnologia. O futuro da Microsoft depende de equilibrar inovação acelerada com uma visão de longo prazo.

O futuro da Microsoft: o dilema entre inovação e tradição