O cacau pode frear o envelhecimento? Dois anos de cápsulas reduzem inflamação em idosos
Você já ouviu falar que o cacau pode frear o envelhecimento? Em dois anos, cápsulas diárias de extrato de cacau reduziram sinais de inflamação em idosos. O estudo COSMOS, com quase 600 voluntários, mostrou que flavonoides do cacau diminuem a inflamação que acelera o envelhecimento. Além disso, a atividade de defesa do organismo, representada pelo interferon-gama, aumentou. Embora alguns marcadores inflamatórios não tenham mudado, os pesquisadores veem potencial benefício para o coração na idade avançada.
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Quem participou e como foi o estudo COSMOS
O COSMOS envolveu aproximadamente 600 voluntários com mais de 60 anos. Os participantes foram randomizados: um grupo recebeu cápsulas com extrato de cacau rico em flavonoides; o outro recebeu placebo. O estudo teve duração de dois anos e avaliou marcadores inflamatórios e a resposta imune ao longo do tempo.
Resultados: o que mudou no organismo
Ao final do experimento, o nível da proteína C-reativa (PCR) caiu cerca de 8% no grupo que tomou cacau, em comparação com o grupo controle. A atividade do interferon-gama também aumentou. Não foram observadas mudanças significativas em todos os indicadores inflamatórios, o que indica que o efeito não é universal, mas sugere benefício parcial para a inflamação associada ao envelhecimento.
Conexões com a saúde do coração
Esses resultados se conectam com etapas anteriores do projeto COSMOS, que mostraram uma redução de 25% no risco de morte por doenças cardiovasculares entre pacientes que faziam uso regular de suplementos de cacau. Os autores ressaltam que, apesar das limitações, a presença de flavonoides na dieta pode contribuir para a saúde do coração e dos vasos sanguíneos na velhice.
Próximos passos, limitações e aviso
Os autores chamam para mais pesquisas para entender os mecanismos de ação dos componentes do cacau e determinar a dose ótima de consumo. Mesmo assim, os dados atuais destacam o potencial de suplementos naturais baseados em cacau para enfrentar desigualdades de saúde ligadas ao envelhecimento. Este material é informativo e educativo e não substitui orientação médica. Definições de diagnóstico e escolhas de tratamento devem ser feitas pelo médico assistente.