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Nunca converse com o mundo dos mortos: Wolff Messing — o homem que via mais do que os olhos alcançam

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Wolff Messing era alguém que via além do que os olhos comuns alcançam. Não era apenas capaz de ler pensamentos; ele fazia as pessoas se abrirem, como páginas de um livro, com uma naturalidade que inspirava admiração em alguns e leve horror em outros. Dizem que ele podia prever acontecimentos, sentir o medo, a dor e a alegria dos corações alheios. E, nessa força, não havia magia: havia uma observação aguçada, intuição e uma capacidade de entender as pessoas até as profundezas. Lendas sobre Messing continuam a circular: encontros com políticos, cientistas e soldados. Reza a lenda que ele acalmou um auditório inteiro apenas com um olhar. Não era um super-herói — era um homem que aprendeu a ler as almas, a entender o medo e a esperança, e a transformar o mundo ao seu redor.

Nunca converse com o mundo dos mortos: Wolff Messing — o homem que via mais do que os olhos alcançam

Um dom que era ao mesmo tempo místico e profundamente humano

Para Messing, o dom era simultaneamente místico e profundamente humano — parecia ver luz onde outros viam sombras. Havia algo maior do que um simples aviso nas histórias dele: era um testemunho humano, um grito de uma alma que se aproximava de uma fronteira que o mortal comum não deveria cruzar. As palavras dele eram simples, mas a entonação sublinhava uma linha invisível: há portas que se abrem apenas por um instante — e o preço pode ser alto demais. Essas palavras ele repetia como oração, como um guia para quem o seguia em busca de respostas sobre vida, morte e o que pode haver além.

Um dom que era ao mesmo tempo místico e profundamente humano

O dom de ver o destino, inclusive o próprio

Um dom especial de Messing era ver não apenas o destino dos outros, mas também o dele próprio. Ele sabia a data da morte de sua esposa, Aida, e a data da sua própria morte. E falava disso com serenidade, como se fosse apenas um fato. Certa vez, no verão de 1960, discutia com o médico que tratava Aida: "Com essa tumoração, viverão dez anos", garantiu o médico. Messing apenas balançou a cabeça, e tudo aconteceu exatamente como ele pressentiu. Naquele dia, ele ficou em casa, ao lado da esposa morrendo, e seu olhar recaía no calendário. Às seis da tarde Aida deixou de respirar. Ele fechou os olhos dela, mas não se conformou com a perda, falando dela no presente, como se ela ainda estivesse por perto.

O dom de ver o destino, inclusive o próprio

A fronteira entre vivos e mortos

A morte não o assustava, mas não a desejava. Ele entendia a morte como fim natural e ensinava aos seus discípulos que a comunicação com o mundo dos mortos era possível, porém perigosa. À medida que se aproximava de seu próprio fim, ele cada vez mais dizia ouvir vozes. Seriam imaginação ou vozes reais vindas de lá? Não havia certeza. Antes da cirurgia para corrigir problemas vasculares, ele ficou sozinho, recusando a ajuda de amigos e assistentes. "Preciso de uma conversa importante", disse. Nessa noite, ele sentiu um toque suave na cabeça, como a mãe acariciando o filho. Em seguida veio a voz: "Foi tudo, meu querido. Você fez tudo o que pôde. Nós estamos orgulhosos de você." A partir daquele instante, o brilho em seus olhos mudou.

A fronteira entre vivos e mortos

Últimos dias, última carta e o legado de Messing

A operação foi bem-sucedida, mas poucos dias depois os rins o abandonaram. Na cama, ele escreveu a última carta: "Hoje vou morrer. Não vou sofrer. Vou esperar o tempo certo, e então me libertar." No final, enviou cumprimentos a Aida: "Ela simplesmente foi embora. Eu também vou embora em breve". Sobre a morte, Messing não a temia; temia perder o gosto de viver. Quando perguntavam sobre a reencarnação, ele respondia: "Isso acontece raramente. Só se a alma não cumpriu a tarefa." O legado dele, dizem, permanece como mistério: para alguns, mito; para outros, lição de humildade diante do invisível. O que fica é a sensação de um cuidado com o mundo e de um aviso para não brincar com fronteiras que não se entendem. O que você acha? Compartilhe seus pensamentos nos comentários.

Últimos dias, última carta e o legado de Messing