Não acredito em Deus, eu sei: Jung revela a experiência de morte clínica que mudou tudo
Carl Gustav Jung, renomado psiquiatra suíço e criador da psicologia analítica, foi marcado por uma experiência que quase tirou sua vida. Aos 68 anos, ele sofreu um ataque cardíaco que o deixou à beira da morte. Nesse limiar, ocorreu uma visão poderosa que desafiou tudo o que ele pensava sobre mente, corpo e destino. Ele registrou, de forma vívida, que para observar esse tipo de experiência seria preciso estar a aproximadamente 1.500 quilômetros da Terra. Em meio à vastidão do espaço, viu uma pedra maciça flutuar, que se transformou em um templo capaz de guardar todos os segredos de sua vida. Um diálogo proibido pela própria morte parecia próximo, até que a figura de um médico, cercada por um halo dourado, lhe avisou que o tempo ainda não havia chegado.
In This Article:
- O fascínio de Jung pelo sagrado: arquétipos, símbolos e a busca pela verdade
- A visão de quase-morte: a pedra que flutuava e o templo que prometia respostas
- O retorno e o impacto: a decepção inicial e a convicção de uma nova realidade
- BBC 1959: Jung afirma que a psique transcende o mundo material e não morre com a vida
O fascínio de Jung pelo sagrado: arquétipos, símbolos e a busca pela verdade
Desde jovem, Jung demonstrou profundo interesse por religião e espiritualidade. Suas pesquisas sobre o inconsciente e os arquétipos estavam entrelaçadas com o estudo de símbolos religiosos e mitos de diversas culturas. Ele acreditava que o inconsciente coletivo molda a nossa visão de mundo e a posição da humanidade no cosmos. Para Jung, as imagens religiosas expressam estruturas profundas da psique comum a toda a humanidade.
A visão de quase-morte: a pedra que flutuava e o templo que prometia respostas
Durante o ataque cardíaco, Jung percebeu uma grande pedra que pairava no espaço. Em seguida, essa pedra se tornou um templo que parecia abrigar todas as respostas sobre o passado, o presente e a essência da existência. Ele acreditava que, se pudesse atravessar o limiar, obteria clareza sobre o que vem depois da vida. Contudo, antes de entrar, a figura de um médico, envolta em luz dourada, o interrompeu, dizendo que o tempo dele ainda não havia chegado. Mesmo diante de tamanha maravilha, ele precisou retornar à vida.
O retorno e o impacto: a decepção inicial e a convicção de uma nova realidade
Ao voltar ao corpo, Jung sentiu uma profunda decepção. No entanto, essas experiências deixaram uma marca indelével em sua mente: a consciência não é restrita ao corpo físico, e a morte não é o fim, mas uma passagem para um estado diferente de ser. Esse episódio fortaleceu sua crença na existência de dimensões espirituais. Cerca de 15 anos depois, em 22 de outubro de 1959, ele concedeu uma entrevista à BBC, ainda ativo aos 84 anos.
BBC 1959: Jung afirma que a psique transcende o mundo material e não morre com a vida
Durante a entrevista com o jornalista britânico John Freeman, Jung foi direto: a psique não se resume ao mundo físico nem obedece às leis materiais. Ele sustentava que a consciência humana não desaparece com o fim da vida e que fenômenos extraordinários não devem ser descartados apenas porque não cabem nas explicações científicas tradicionais. Ele defendia que tais experiências apontam para uma forma de continuidade do ser. Depois de sua recuperação, Jung dedicou-se à análise dessas visões, consolidando a ideia de que há aspectos da psique que transcendem o espaço e o tempo.