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Muro de drones: Reino Unido planeja proteger a OTAN e a Ucrânia da Rússia — e uma lacuna de 96.000 km² pode abrir-se no coração da defesa

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Um novo passo na defesa europeia surge em meio a tensões crescentes: o governo britânico revelou planos para erguer um 'muro de drones' para proteger a OTAN e a Ucrânia da Rússia. Drones de baixo custo, desenvolvidos em colaboração com Kyiv, seriam lançados a partir do solo para defender o flanco leste da aliança frente a ataques de jatos e drones russos. Mas a proposta traz um peso político dramático. A Hungria — aliada próxima de Moscou dentro da OTAN — decidiu não participar, abrindo uma lacuna de 96.000 km² no coração da defesa aérea. Enquanto isso, Kyiv enfrentou um dos maiores ataques com drones e mísseis desde o início da guerra, com várias vítimas e destruição que acenderam alarmes sobre a escalada do conflito e a necessidade de uma resposta unificada da aliança.

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Projeto Octobus: drones britânicos de baixo custo em parceria com a Ucrânia

Sob o codinome Projeto Octobus, o Reino Unido e a Ucrânia vão construir novos drones em fábricas britânicas em questão de semanas, com o objetivo de deter a agressão russa. Esses drones de baixo custo fazem parte de uma estratégia de defesa que pode ser lançada a partir do solo para neutralizar ameaças antes de chegarem às fronteiras. O acordo de propriedade intelectual será compartilhado entre o Reino Unido e a Ucrânia, permitindo que as plataformas sejam utilizadas também por outros países da OTAN. O ministro da Defesa, John Healey, afirmou que o sistema pode, com o tempo, ser usado como defesa antimíssil no Reino Unido para proteger infraestruturas militares e civis. Além disso, Healey elogiou os pilotos britânicos que participaram de operações para defender aliados.

Projeto Octobus: drones britânicos de baixo custo em parceria com a Ucrânia

O conceito do 'drone wall' e o papel da UE

Na sexta-feira, ministros europeus reuniram-se para discutir o conceito do 'drone wall', com drones lançados no solo ao longo das fronteiras para enfrentar drones ou mísseis russos. Healey disse: 'Estamos prontos com aliados através da OTAN para demonstrar a Putin que a agressão e as incursões, imprudentes ou intencionais, serão desafiadas.' O Reino Unido anunciou a produção em massa dos drones com técnicas modernas de fabricação, com a promessa de entregá-los em milhares para ajudar a Ucrânia a se defender. O acordo de propriedade intelectual entre o Reino Unido e a Ucrânia permitirá que as drones também sejam usadas em países da OTAN, fortalecendo a defesa coletiva. O sistema, no tempo, pode ainda servir como defesa antimíssil para proteger instalações militares e infraestruturas nacionais no próprio Reino Unido.

O conceito do 'drone wall' e o papel da UE

Hungria fora do acordo e o jogo geopolítico

Apesar de fazer fronteira com a Ucrânia, a Hungria não participa do plano, levantando dúvidas sobre a posição de Viktor Orbán em relação a Moscou. Jessica Berlin, pesquisadora do Centre for European Policy Analysis, disse: "Sem a Hungria, o muro de drones da UE seria efetivamente uma Linha Maginot no céu." Ela acrescentou que o muro é uma defesa adicional, porém não substitui uma estratégia abrangente para conter a ameaça russa. "Gastar bilhões em um muro de drones sem apoiar suficientemente a Ucrânia ou infligir danos máximos à máquina econômica russa seria uma rendição estratégica."

Hungria fora do acordo e o jogo geopolítico

Ataque a Kyiv e as respostas da região

À noite, Kyiv sofreu um dos ataques mais pesados com drones e mísseis desde o início da guerra: cerca de 500 drones e 40 mísseis bombardearam a capital e regiões vizinhas, matando pelo menos quatro pessoas, incluindo uma menina de 12 anos, e deixando dezenas feridos. Cenas de devastação acenderam novos alarmes na região. A Polônia respondeu com a scrambled de seus caças, e chegou a fechar temporariamente o espaço aéreo perto de duas cidades no sudeste. Zelensky pediu sanções mais duras contra a Rússia para forçar o fim da guerra: "Moscou quer continuar lutando e matando e merece apenas a mais pesada pressão do mundo." Andrii Sybiha acrescentou que Putin precisa sentir o perigo de continuar esta guerra — pessoalmente, em sua economia e em seu regime. Em resposta, Lavrov alertou que qualquer retaliação contra a Rússia traria consequências graves, e disse que a Rússia não tem intenções de atacar países europeus, embora qualquer agressão seja tratada com decisão.

Ataque a Kyiv e as respostas da região