No Image x 0.00 + POST No Image

Humilhação no lounge da Qantas: “Cubra‑se” para proteger as outras culturas

SHARE
0

Em Brisbane, no lounge da Qantas, Nikki Osborne afirma ter sido abordada por uma funcionária que a agarrou pelo braço e disse que precisava que ela fechasse o cardigan para cobrir‑se, alegando "proteger as outras culturas no lounge". Ela vestia shorts brancos ajustados, um bodysuit rosa rendado e um cardigan branco para uma viagem de trabalho. A apresentação descreve que, mesmo com o decote coberto, a solicitação a deixou chocada, envergonhada, humilhada, com raiva e frustração, e a fez sentir‑se tratada como uma mulher provocante diante de um colega de trabalho. “Primeiramente, sou fã sua há muito tempo, mas vou precisar que você feche o cardigan para cobrir‑se para proteger as outras culturas no lounge”, disse a funcionária, segundo a narrativa de Nikki. Ela lembra ainda que foi difícil processar a experiência e que o episódio a fez questionar o que é aceitável vestir para frequentar um espaço de viagem.

Humilhação no lounge da Qantas: “Cubra‑se” para proteger as outras culturas

O que aconteceu naquele dia

Nikki descreve que estava vestindo roupas profissionais, mas que o conjunto incluía peças que deixavam o tronco visível. Ela, mãe e profissional de rádio, teme não ser levada a sério quando a aparência aparece como foco de críticas. A confrontação ocorreu na frente de um colega, deixando‑a abalada e questionando se o que vestia era, de fato, inadequado. A sensação relatada é de ser vigiada e julgada por escolhas de estilo, não pelo trabalho que desempenha. Ela conta que, após o episódio, a seguida ligação da equipe da Qantas a deixou ainda mais scrutinizada, com a insistência de analisar peça por peça o seu vestuário.

O que aconteceu naquele dia

Resposta da Qantas e a virada no atendimento

A Qantas afirmou que o incidente não deveria ter ocorrido e que entraria em contato para assegurar que nada parecido se repetisse. No entanto, a ligação de acompanhamento fez com que Nikki se sentisse ainda mais avaliada, passando pelo vestuário item por item. A reviravolta veio quando um comissário de bordo a cumprimentou com a persona cômica de ‘Bush Barbie’ e a tratou com total respeito. “Esse comissário salvou a minha semana”, afirmou ela, destacando o impacto positivo daquele momento de acolhimento. Apesar de continuar a voar com a Qantas, Nikki disse que vai pensar duas vezes sobre o que vestir no lounge e evitar ficar na chamada ‘moral elevada’ do espaço de visitação.

Resposta da Qantas e a virada no atendimento

Regras de vestuário: o que é apropriado para os lounges

O site da Qantas afirma que a entrada pode ser negada se algumas roupas forem consideradas demasiado casuais ou inadequadas. A lista inclui chinelos, pés descobertos, roupas de treino ou para a praia, roupas de dormir, roupas com imagens ou slogans ofensivos, roupas reveladoras, sujas ou rasgadas. As diretrizes são apresentadas como forma de criar um ambiente que todos possam desfrutar em lounges de Adelaide, Brisbane, Canberra, Melbourne, Perth e Sydney. Entre as cidades citadas, a ideia é manter um padrão de vestuário que não comprometa o conforto de todos os passageiros.

Regras de vestuário: o que é apropriado para os lounges

Casos semelhantes e o que isso nos diz sobre moda e poder nos espaços de viagem

Este não é o único caso de confrontos públicos por vestuário. Maggi Thorne, 42, competidora do American Ninja Warrior, relatou ter sido humilhada a bordo de um voo Southwest por vestir-se com um top cropped preto e calças de jogging. Ela afirmou ter sido abordada por uma comissária que pediu que se cobrisse; Thorne recusou e levou a queixa a outra funcionária. A Southwest pediu desculpas e informou que uma queixa havia sido registrada em seu nome. Casos como esses levantam questões sobre o limite entre políticas de vestuário e respeito pela autonomia corporal, além de como espaços de viagem podem se tornar palcos de julgamentos sociais sobre aparência.

Casos semelhantes e o que isso nos diz sobre moda e poder nos espaços de viagem