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Hidrogênio do ar: a primeira instalação solar que não consome água nem eletricidade da rede — apenas o vapor da atmosfera

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Uma equipe chinesa desenvolveu uma instalação capaz de produzir hidrogênio usando apenas energia solar e a umidade do ar. Ela não requer água doce nem eletricidade adicional — tudo o que precisa é do sol e do vapor presente na atmosfera. O estudo, liderado pelo professor Yin Huazze, do Instituto de Ciências Físicas de Hefei, da Academia Chinesa de Ciências, foi publicado na revista Advanced Materials.

Hidrogênio do ar: a primeira instalação solar que não consome água nem eletricidade da rede — apenas o vapor da atmosfera

O problema antigo: a produção de hidrogênio verde exige grandes volumes de água limpa

Tradicionais métodos de hidrogênio verde dependem de grandes quantidades de água limpa, o que limita o uso em regiões com escassez hídrica. A nova instalação resolve esse entrave ao coletar água diretamente da atmosfera, permitindo produção de hidrogênio mesmo em ambientes com baixa umidade.

O problema antigo: a produção de hidrogênio verde exige grandes volumes de água limpa

Como funciona: captação de água atmosférica e PEMWE

A unidade combina captação de água do ar com uma membrana de eletrólise de troca protônica (PEMWE). Esse arranjo permite alta eficiência e pureza do hidrogênio produzido. Além disso, ele funciona sem depender de água externa nem de energia elétrica adicional — apenas a energia solar é usada para o processo.

Como funciona: captação de água atmosférica e PEMWE

Desempenho sob umidade variável

Em testes de laboratório, o sistema manteve estabilidade em umidade tão baixa quanto 20%. Em condições de umidade ao redor de 40%, a produção chegou a quase 300 mililitros de hidrogênio por hora.

Desempenho sob umidade variável

Impacto e futuro

Os pesquisadores esperam que a tecnologia possa ampliar a produção global de hidrogênio, reduzindo a dependência de água e eletricidade. O estudo, publicado na Advanced Materials, é liderado pelo professor Yin Huazze do Instituto de Ciências Físicas Hefei, da Chinese Academy of Sciences. A equipe vê a pesquisa como um passo importante para tornar o hidrogênio verde mais acessível e sustentável no mundo.

Impacto e futuro