Hamas aceita libertar reféns e devolver restos mortais sob plano de paz de Trump — Blair fica de fora
Em meio à escalada de tensões entre Hamas e potências ocidentais, o grupo afirma ter concordado em libertar todos os reféns israelenses — vivos — e devolver os restos mortais dos falecidos, segundo a fórmula de troca citada na proposta do presidente Donald Trump. "O movimento anuncia a aprovação para libertar todos os reféns, vivos e mortos", de acordo com a fórmula de troca mencionada na proposta do Presidente Trump. Para estruturar o controle de Gaza, o Hamas diz que entregaria a administração do território a um corpo independente de tecnocratas palestinos, "baseado no consenso nacional palestino e no apoio árabe e islâmico". Essa decisão surgiu horas depois de Trump ter ameaçado agir com "todo o inferno" se o acordo não fosse fechado.
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O que está acordado: troca de reféns, controle de Gaza e o papel de tecnocratas independentes
Além do acordo de libertação, o Hamas afirmou que outros elementos do plano de 20 pontos de Trump sobre o futuro de Gaza seriam discutidos através de uma estrutura nacional palestina na qual o Hamas participaria de forma responsável. O grupo também disse que entregaria a administração de Gaza a um corpo independente de tecnocratas, baseado no consenso nacional palestino e no apoio árabe e islâmico. A declaração não detalha como funcionaria esse governo técnico, mas sinaliza uma tentativa de reorganizar o poder como parte de uma negociação maior.
Reação de Trump e as próximas etapas
Trump respondeu no Truth Social dizendo que acredita que o Hamas age de boa fé e pediu que Israel pare de bombardear Gaza para que os reféns possam ser libertados. Ele escreveu: "Com base na Declaração emitida pelo Hamas, creio que eles estão prontos para uma paz duradoura". O presidente também alertou que, se não aceitarem o plano até as 18h de domingo, "todo o inferno" começaria a enfrentar os militantes. O acordo prevê que todos os reféns remanescentes sejam libertados dentro de 72 horas após a assinatura do acordo, conforme a proposta de Trump. O White House divulgou um plano de 20 pontos, incluindo aumento da ajuda a Gaza e propostas de desenvolvimento econômico com tarifas e taxas de acesso diferenciadas.
Desarmamento, Blair e objeções de Hamas
O Hamas rejeita o desarmamento completo, afirmando que precisa manter capacidades defensivas. Mousa Abu Marzouk, líder do Hamas, disse à Al Jazeera: "Nunca aceitaremos alguém que não seja palestino para controlar os palestinos. Não podemos trazer alguém como Tony Blair para governar Gaza; esse homem destruiu o Iraque." O grupo declarou estar disposto a entregar armas ofensivas ao Egito e às Nações Unidas para armazenamento e reiterou a exigência de um cronograma para a retirada de Israel de Gaza. Mediadores árabes em Doha, no Qatar, ajudam nas negociações, enquanto o Hamas resiste à desmilitarização total.
O que está em jogo e o caminho à frente
Ainda há cerca de 20 reféns suspeitos nas mãos do Hamas, além dos corpos de 28 pessoas que o grupo se recusa a devolver às famílias. Hamas afirmou que outros elementos do plano de Trump serão discutidos dentro de uma estrutura nacional palestina na qual o grupo participará e contribuirá de forma responsável. O mundo observa se o Hamas manterá sua palavra. Negociações continuaram com Netanyahu, com o apoio de mediadores árabes e do Qatar, mas o caminho permanece incerto. O relógio corre: Trump se prepara para responder a partir do Salão Oval, enquanto todos aguardam se as promessas de paz serão cumpridas.