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Guillermo del Toro: "Prefiro morrer" diante da IA — a raiva que molda o Frankenstein do século XXI

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Guillermo del Toro, vencedor do Oscar, não é fã da IA. Em sua entrevista, ele afirma que prefere morrer a usar IA e usa a releitura de Frankenstein para expor a arrogância da indústria tecnológica. Ele vê a ameaça não na própria IA, mas na estupidez humana que a alimenta, e acredita que é preciso fazer uma pausa para pensar no que está por vir.

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O conflito central: a aversão consciente à IA e a estupidez natural

Del Toro afirma que não está interessado em IA. Sua preocupação real é a estupidez humana que a sustenta. Ele descreve a arrogância de Victor Frankenstein — cegado pela criação sem considerar as consequências — como um espelho do que vê nos chamados 'tech bros'. Aos 61 anos, ele diz que pretende permanecer desinteressado em usar IA até o fim da vida. Em uma conversa com NPR, ele resumiu a posição com um comentário contundente: "Preferiria morrer".

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Hollywood em choque: nomes influentes contra a IA

A posiçao crítica de Del Toro encontra eco entre outras lendas de Hollywood. Steven Spielberg disse à Reuters: "Não quero que a IA tome decisões criativas que eu não possa tomar". Jim Lee, presidente da DC, afirmou que a empresa não apoiará storytelling ou arte gerados por IA na New York Comic Con. Esses posicionamentos revelam um debate público intenso sobre como a IA pode redefinir a criatividade no cinema.

Hollywood em choque: nomes influentes contra a IA

Arte, valor e os limites dos geradores de IA

Del Toro também criticou os geradores de imagens de IA, chamando‑os de uma maneira inútil de criar algo que ele chama de "screensavers semi‑atraentes". Em Londres, ele afirmou: "O valor da arte não está em quanto custa ou quanto esforço requer; está no que você está disposto a arriscar ao estar diante dela". Em Forbes ele reforçou o ponto ao questionar o que as pessoas pagariam por esses screensavers — e se eles seriam capazes de provocar lágrimas por uma perda pessoal — concluindo com um firme "F**k não".

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O futuro de Hollywood: resistência, direitos e luta pela proteção de artistas

Mesmo com tantas vozes contrárias, a indústria continua a abraçar a IA — com filmes gerados por IA e até uma atriz fictícia de IA ganhando espaço. A crise cresce: sindicatos de atores e atrizes lutam por proteções contra o uso de suas feições ou vozes para treinar IA sem consentimento. Grandes estúdios já enfrentam ações legais por violação de direitos autorais, com a Warner Bros. Discovery juntando‑se à Disney e à NBCUniversal contra a Midjourney. Com líderes como Del Toro e Spielberg falando alto, é provável que Hollywood não recue sem uma batalha clara por salvaguardas éticas e legais.

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