Gen Z ressuscita o hack da era Y2K para desafiar a proibição de celulares na escola: 'Não podem nos silenciar'
Estudantes da Geração Z estão se unindo contra a proibição de celulares nas escolas — da forma mais millennial possível. Descontentes, eles mantêm as linhas de comunicação abertas usando Google Docs em seus laptops, como substituto de mensagens de texto. Pelo menos 18 estados estabeleceram proibições de celulares para o ano letivo de 2025–2026, incluindo Nova York, onde a governadora Kathy Hochul descreveu os celulares como 'distraction devices' e lançou uma campanha com o mascote 'Frankie Focus'. O debate ganhou vida quando adultos perceberam que o Google Docs pode funcionar como chat em tempo real entre amigos. Lisette Cortez, 33, mãe de quatro em Chicago e professora de espanhol, comentou: 'Eles são criativos, usando Google Docs, passando bilhetes e enviando e-mails.' Ela também observa melhorias no comportamento e nos hábitos de aprendizado desde a implementação da proibição, embora tema que o uso de ferramentas colaborativas possa abrir espaço para bullying ou cola. Enquanto queriam silêncio, os jovens descobriram formas de falar livremente — um retorno nostálgico ao espírito da era Y2K, só que nesta vez em laptops.
Como funciona na prática: Google Docs no lugar de mensagens
Os alunos criam um Google Doc com os amigos; todos têm acesso em tempo real e digitam durante as aulas, substituindo mensagens de texto por textos em tempo real. 'Um grupo de alunos do ensino médio está criando um Google Doc com os amigos, todos têm acesso em tempo real e eles apenas digitam nele durante a aula', disse Valerie Elizabeth Dickinson, professora e criadora de conteúdo. 'Então, basicamente reinventaram a AOL chat room', acrescentou, comparando com a era do Y2K. A tendência ganhou visibilidade em TikTok, provocando respostas entre millennials, com comentários como: 'Wait until they rediscover passing notes' e 'Chat rooms are back!'. O banimento de celulares no estado de Nova York entrou em vigor em 4 de setembro, gerando debates entre pais, alunos e educadores sobre como manter contato em emergências sem telefones nas mãos dos estudantes.
Reação geracional e implicações reais
Para alguns, a ideia é libertadora; para outros, é apenas uma solução criativa com riscos. Maximilian 'Max' Davidge, 12 anos, disse: 'Eu realmente gosto da ideia, porque se todo mundo estiver no celular quando o professor estiver ensinando, então ninguém vai aprender.' O professor de História da Brooklyn Preparatory High School, Sr. Johnson, elogiou a mudança: 'A proibição de celulares transformou minha aula … não vi alunos tão engajados há anos.' Ainda assim, educadores ressuscitam velhos dilemas: a linha entre disciplina e liberdade de comunicação, e a possibilidade de bullying, vazamentos de perguntas e cola via plataformas colaborativas. Em meio a debates naturais, a pergunta persiste: a criatividade dos alunos é suficiente para manter a qualidade da educação, ou apenas uma adaptação temporária a uma regra cada vez mais imposta.