Economia ao extremo na China: vermes de farinha em casa viram comida e símbolo de uma vida de bolso apertado
Na China, uma nova obsessão pela economia de vida toma força entre a juventude. Não se trata apenas de poupar dinheiro — é uma filosofia de vida de ‘vida de rato’, com o objetivo de gastar o mínimo tempo possível buscando alimento e, em seguida, viver de forma discreta, sem grandes ambições, quase sem sair da cama. E surge uma sugestão controversa: vermes de farinha como alimento acessível e de qualidade. Essa tendência circula na Online Associação de Poupança, onde jovens trocam dicas para reduzir despesas.
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A revolução da poupança: um clube online que surface dicas de economia
Entre os conselhos mais populares estão tomar duchas frias para economizar água quente; dormir no chão e não acionar o ar-condicionado até gastar o mínimo. Outra ideia é congelar claras de ovo em formas de gelo: dizem que um único ovo rende três pratos, ajudando a distribuir o custo. Alguns chegam a fazer caldo com pele e ossos de frango — como sempre se fez — e, para aromatizar, jogam o arroz cozido na gordura do frango. Ao mesmo tempo, há quem afirme que viver sob piso com aquecimento é mais barato, pois o calor viria do teto, dispensando aquecer o ambiente.
Vermes de farinha: preço, proteína e sabor improvável
Mas o ápice da economia é a aposta nos vermes de farinha, apresentados como uma fonte barata e de alta qualidade de proteína, com sabor descrito como ‘leite‑amêndoa’. Os vermes são vendidos a 12 yuans por quilo (cerca de 135 rublos) e contêm 20% de proteína. Quem decide ter uma granja de vermes em casa pode manter o fornecimento de proteína de forma contínua. Diz-se que são saborosos.
Como transformar a criação de vermes em uma casa: proteína constante e economia
Com a granja caseira, os vermes podem multiplicar-se quase sem limites, oferecendo um fornecimento de proteína estável. Em três porções diárias para sustento, basta consumir vermes por apenas 3 yuans (cerca de 34 rublos). Eles podem ser moídos para fazer croquetes nutritivos; cozinhar no vapor para reduzir o uso de óleo e até transformá-los em pasta para darem origem a dumplings. Alguns gostam de deixar uma tigela de vermes ao lado da cama: o som de seu rastejar lembra o oceano e, para alguns, ajuda a adormecer.
O custo humano da poupança: será que a vida precisa ser assim?
Os melhores economizadores afirmam ter reduzido os gastos em três vezes. Um participante declara, com orgulho: “Antes eu gastava mais de 30.000 yuans por ano. Agora, incluindo a educação, gasto pouco mais de 10.000 por ano.” Apesar da curiosidade, resta a pergunta: qual é o sentido da vida? Será que tudo se resume a sofrer para economizar?