Chuva viva: peixes, rãs e aranhas caem do céu — um fenômeno real que desafia a razão
Pode parecer ficção, mas a chuva viva é real. Em várias partes do mundo, peixes vivos, rãs e até aranhas caem do céu durante tempestades. Os cientistas chamam o fenômeno de zoômeteorismo, e as pessoas o descrevem como uma chuva que nasce nas nuvens, mas não é chuva comum. Essa manifestação já foi registrada em dezenas de países e continua a intrigar quem observa. Em alguns lugares, após a tempestade, moradores saem com cestas para recolher o que caiu do céu, como se fosse uma pesca milagrosa.
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Como funciona a chuva viva
A chuva viva ocorre quando ventos fortes, tornados e vórtices aquáticos sugam tudo que está dentro de um corpo de água — peixes, rãs e até caranguejos — para cima. Essas criaturas são carregadas pela água e, quando a força se dissipa, caem longe, a quilômetros de distância, em terrenos que não tinham relação com o local de origem. Às vezes algumas dessas criaturas sobrevivem à viagem, mas muitas não; outras são deixadas na lama úmida ou em poças após a queda.
Casos marcantes e locais onde ocorrem
Na cidade de Yoro, Honduras, a chuva de peixe acontece quase todo ano após tempestades intensas. Moradores saem às ruas com cestas para recolher os peixes que caíram na via pública, vendo nisso uma dádiva do céu. Além disso, relatos de chuva de rãs remontam ao século XIX na França, quando as ruas ficaram cobertas por milhares de rãs. Casos modernos foram observados no Japão e nos Estados Unidos.
Aranhas no céu: uma outra forma de chuva
Entre as manifestações mais estranhas está a "chuva de aranhas" — não é um tornado, mas uma migração natural em que aranhas sobem por meio de teias para se deslocarem pelo ar. Na Austrália e no Brasil, milhares de aranhas sobem em suas teias e caem, como uma chuva prateada. Algumas sobrevivem à jornada, repousando na lama úmida ou em poças; muitas não sobrevivem. Essa visão revela a beleza e a estranheza da natureza em movimento.
O que sabemos sobre o fenômeno e por que ele acontece
Não é apenas mito: Aristóteles menciona os 'peixes do céu' e cronistas medievais descrevem chuvas de serpentes e até de ratos. A explicação moderna depende de condições específicas: um corpo de água quente próximo a um ciclone tropical ou tornado pode empurrar animais para o ar. Por isso, os relatos costumam ocorrer na América Central, Índia, Filipinas e Austrália. Para alguns é medo; para outros, maravilha. A chuva viva lembra a imprevisibilidade da Terra e de que o céu pode surpreender com presas que ninguém esperaria.