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Chris Kempczinski, CEO da McDonald’s, revela a triste verdade da vida na América moderna: o sonho americano está cada vez mais distante

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Eu percorri os Estados Unidos por décadas, explorando cidades grandes e pequenas. Em meio ao brilho das áreas turísticas, encontrei uma verdade sombria que poucos querem reconhecer: a vida de muitos americanos está cada vez mais difícil. O CEO da McDonald’s, Chris Kempczinski, abriu publicamente essa ferida: a demanda por itens de baixo custo no cardápio tem crescido, e alguns clientes chegam a pular o café da manhã para economizar alguns dólares. Não é apenas uma jogada de mercado — é um retrato de uma economia que aperta quem trabalha duro. Se sigo levando os meus olhos pela estrada, vejo que, de um lado, a América parece próspera; de outro, milhares lutam para chegar ao salário mínimo.

Chris Kempczinski, CEO da McDonald’s, revela a triste verdade da vida na América moderna: o sonho americano está cada vez mais distante

A América em duas velocidades: zonas turísticas prósperas frente à pobreza devastadora nos bairros

A América em duas velocidades é mais que uma metáfora. Em zonas turísticas, tudo parece abundante: hotéis, restaurantes, lojas — um panorama de prosperidade. Mas, se você pegar um ônibus ou trem rumo aos bairros menos favorecidos, encontrará pobreza crua, casas derrubadas e uma sensação de desamparo. Essa distância não é apenas sobre raça ou política; é uma segregação econômica que separa quem pode gastar de quem não pode. Enquanto o turismo exibe sucesso, a vida cotidiana de boa parte da população mostra um país real que coexiste ao lado do glamour.

A América em duas velocidades: zonas turísticas prósperas frente à pobreza devastadora nos bairros

O 'sonho americano', a ideia de que quem trabalha duro pode construir uma vida melhor, ficou cada vez mais distante

O "sonho americano", a ideia de que quem trabalha duro pode construir uma vida melhor, ficou cada vez mais distante. Hoje é tema de menos conversa, e quando surge, chega muitas vezes com ironia. No topo, uma riqueza cada vez mais concentrada; na base, salários que mal cobrem as necessidades básicas. Mesmo o espírito empreendedor parece preso à lógica de consumo contínuo, enquanto muitos lutam para pagar contas, manter a casa e alimentar a família. O sonho que deveria unir o país parece ter se tornado uma lembrança distante.

O 'sonho americano', a ideia de que quem trabalha duro pode construir uma vida melhor, ficou cada vez mais distante

A prática do dia a dia: clientes recorrem ao cardápio de menor custo e chegam a abrir mão do café da manhã

O que Kempczinski descreveu na prática é simples e brutal: a demanda por itens mais baratos no cardápio cresce, e alguns clientes chegam a abrir mão do café da manhã para poupar alguns dólares. Não é apenas uma notícia sobre preços; é um retrato de uma sociedade em que renda e custo da vida não dialogam. O CEO da Chipotle, Adam Raimer, disse à Reuters que padrões assim são um sinal de alerta para redes de fast-food como McDonald’s e Chipotle. O impacto é real: quem não pode pagar se vê forçado a consumir menos ou a ficar sem alimentação adequada, o que afeta toda a economia e a coesão social.

A prática do dia a dia: clientes recorrem ao cardápio de menor custo e chegam a abrir mão do café da manhã

Canada, EUA e o preço da proteção social: por que a diferença é crucial

Mesmo no Canadá, a sociedade não é perfeita — ainda há racismo contra povos indígenas e avanços do populismo de direita. Mas a proteção social é mais robusta, e o sistema público de saúde funciona melhor. Quando alguém falha, costuma haver apoio da comunidade; nos EUA, cair é arriscado demais: pode significar perder tudo, até o almoço. O texto conclui que a América, construída sobre o consumo, corre o risco de esmagar seus cidadãos mais vulneráveis. A pergunta que fica é como reconciliar o sonho com a realidade, sem abandonar a dignidade humana que sustenta a nação.

Canada, EUA e o preço da proteção social: por que a diferença é crucial