CEO da Nvidia diz que é loucura não usar IA para fazer literalmente tudo
Não usar IA para fazer literalmente tudo? Pode parecer uma piada, mas de acordo com o CEO da Nvidia, Jensen Huang, é exatamente assim que ele vê quem ainda evita a IA no dia a dia de trabalho. Segundo a Fortune, durante uma reunião de todos os funcionários realizada na semana passada — logo após a empresa divulgar resultados expressivos do terceiro trimestre — Huang criticou gestores que ainda orientam suas equipes a usar menos IA. “Você é maluco?” “Eu quero que cada tarefa que seja possível automatizar com inteligência artificial seja automatizada com inteligência artificial,” ele exigiu. “Eu prometo a vocês que terão trabalho a fazer.” É uma posição dura para Huang em meio a um debate aberto sobre se ferramentas de IA realmente aumentam a produtividade, especialmente na codificação. Um corpo de evidências aponta na direção contrária: por exemplo, um estudo mostrou que programadores que usaram assistentes de codificação como Claude, da Anthropic, usaram menos de metade das sugestões da IA, tornando-os 19 por cento mais lentos do que colegas que não utilizaram as capacidades de automação da IA.
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A produtividade da IA está em debate
Apesar da postura firme de Huang, não existe consenso sobre se as ferramentas de IA — especialmente na codificação — realmente tornam os trabalhadores mais produtivos. Por um lado, há evidências que sugerem o contrário: um estudo mostrou que programadores que usaram assistentes de codificação como Claude, da Anthropic, usaram menos de metade das sugestões da IA, tornando-os 19 por cento mais lentos do que colegas que não usaram as capacidades de automação. Gigantes da tecnologia, porém, aceleram o passo. O CEO do Google, Sundar Pichai, afirmou que até 25 por cento do código da empresa já é gerado por IA, e, em junho, a empresa informou que esperava que seu modelo Gemini passasse a escrever código daqui para frente.
Microsoft e Google impulsionam a codificação com IA
Na mesma linha, a Microsoft também amplia o uso de IA. O CEO Satya Nadella afirma que mais de um quarto do código da empresa é escrito com IA, e, conforme a Fortune, repetiu as ordens do Google ao dizer que usar IA não é mais opcional. Independentemente da qualidade da automação, resta a grande pergunta: o que isso significa para os empregos de programadores? As demissões têm sido brutais neste ano, com cerca de 140.000 funcionários esperando ser demitidos até o fim do ano. A Amazon, entre outras, está demitindo milhares de engenheiros e, em resposta à drástica redução de pessoal, um de seus executivos se gaba de como a IA é “transformadora” e da necessidade de inovar.
Huang persiste, apesar dos avisos de rivais e do risco de desemprego
Huang, no entanto, diz aos funcionários com franqueza que abraçar a IA será bom para eles — mesmo quando líderes de empresas que fornecem chips à Nvidia, ou que recebem bilhões de dólares da Nvidia como investimento, alertam que a IA vai, de fato, eliminar empregos. Além disso, há relatos de que chatbots de IA estão levando pessoas à institucionalização. Sou correspondente de tecnologia e ciência da Futurism, com especial interesse em astrofísica, nos aspectos éticos da inteligência artificial e automação, e no meio ambiente.