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Casos de Exorcismo que Abalaram o Mundo — Os mais chocantes da história

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Exorcismo, ou ritual de expulsão de demônios, tem sido, ao longo dos séculos, uma das práticas religiosas mais controversas. Apesar do ceticismo moderno e da abordagem científica para explicar muitos fenômenos, casos de exorcismo continuam a ocorrer nos dias de hoje. Nesta matéria, vamos conhecer alguns dos casos mais chocantes e conhecidos da história.

Casos de Exorcismo que Abalaram o Mundo — Os mais chocantes da história

Anna Eklund (1892)

Um dos casos de exorcismo mais conhecidos na Suécia ocorreu com a menina de 14 anos Anna Eklund, em 1892. A menina, de repente, começou a apresentar comportamento estranho: falar em línguas desconhecidas, demonstrar força incomum e proferir blasfêmias. O padre local Josef Heint realizou uma série de exorcismos, que se estenderam por várias semanas. Testemunhas afirmaram que, durante os rituais, Anna levitava, e objetos estranhos saíam de sua boca. Após o término do exorcismo, a menina supostamente se recuperou totalmente e voltou à vida normal. O caso de Anna Eklund foi registrado nos arquivos da igreja e gerou grande interesse entre pesquisadores de fenômenos paranormais. Segundo historiadores suecos, entre 1850 e 1900 houve cerca de 30 casos de exorcismo no país, mas o caso de Anna Eklund é considerado o mais conhecido e melhor descrito.

Anna Eklund (1892)

Roland Doe (1949) Exorcismo no Chalé

A história de Roland Doe, também conhecida como "Exorcismo no Chalé", tornou-se a base para o famoso romance e filme "O Exorcista". Em 1949, um menino de 13 anos de Maryland começou a apresentar comportamento estranho após a morte de sua tia, que era adepta do espiritismo. A família de Roland procurou a ajuda da Igreja Católica, e vários padres conduziram uma série de exorcismos. Segundo testemunhas, durante os rituais o garoto falava em latim e em hebraico antigo, línguas que nunca estudara, e no seu corpo surgiam inscrições estranhas. O exorcismo de Roland Doe durou mais de dois meses e contou com mais de 30 sessões distintas. Segundo documentos da igreja, participaram do ritual nove padres. Após o término, Roland supostamente recuperou-se totalmente e posteriormente levou uma vida normal.

Roland Doe (1949) Exorcismo no Chalé

Anneliese Michel (1975)

O caso de Anneliese Michel é considerado um dos mais trágicos na história do exorcismo moderno. Em 1975, uma alemã de 23 anos começou a apresentar sinais de possessão, incluindo recusa de comida, automutilação e comportamento agressivo. Os pais de Anneliese, pessoas profundamente religiosas, recorreram à Igreja Católica em busca de ajuda. Ao longo de 10 meses, dois padres realizaram exorcismos quase diaramente. Durante esse período, foram realizadas cerca de 67 sessões, cada uma com várias horas. Apesar dos esforços, o estado de Anneliese piorou. Em 1 de julho de 1976, Anneliese Michel faleceu de desnutrição e desidratação. A autópsia mostrou que, no momento da morte, pesava apenas 30 quilos. Os pais da jovem e dois padres foram considerados culpados de homicídio culposo e condenados a penas suspensas. O caso de Anneliese Michel gerou grande comoção pública e fomentou debates sobre o papel do exorcismo na sociedade moderna. Segundo pesquisadores alemães, entre 1970 e 1980 houve cerca de 15 casos de exorcismo na Alemanha, mas apenas o caso de Anneliese Michel terminou em morte.

Anneliese Michel (1975)

Michael Taylor (1974) Exorcismo de Michael Taylor

Em 1974, na cidade inglesa de Ossett, ocorreu o caso conhecido como "Exorcismo de Michael Taylor". Taylor, um homem de 31 anos, casado e pai de família, começou a apresentar comportamento agressivo e afirmava que estava possuído por demônios. Padres locais decidiram realizar o exorcismo. O exorcismo durou mais de 24 horas ininterruptas. Segundo os padres, foram expulsos 40 demônios de Taylor, mas alguns ainda permaneceram nele. Após o ritual, Taylor voltou para casa em estado de psicose e cometeu o brutal homicídio de sua esposa e do cão. Este caso chamou a atenção pública para os potenciais perigos do exorcismo e suscitou debates sobre a necessidade de ajuda psiquiátrica em situações dessa natureza. De acordo com a polícia britânica, na década de 1970 houve cerca de 10 casos de crimes violentos ligados à prática de exorcismo no Reino Unido.

Michael Taylor (1974) Exorcismo de Michael Taylor

Clara Germana Cele (1906)

Em 1906, na África do Sul, ocorreu um caso de exorcismo que chamou a atenção tanto de círculos religiosos quanto científicos. Clara Germana Cele, de 16 anos, aluna de uma escola missionária, começou a apresentar comportamento estranho: falar em línguas desconhecidas, levitar e demonstrar força extraordinária. O padre Erasmus Horner conduziu uma série de exorcismos que se estenderam por dois meses. Segundo testemunhas, durante os rituais Clara podia erguer-se no ar até uma altura de 1,5 metros e permanecer nessa posição até 30 minutos. O caso de Clara Germana Cele foi registrado nos arquivos da igreja e suscitou o interesse de pesquisadores de fenômenos paranormais. Segundo historiadores sul-africanos, entre 1900 e 1910 houve cerca de 20 casos de exorcismo entre alunos de escolas missionárias.

Clara Germana Cele (1906)

Emma Schmidt (1928)

Em 1928, na Alemanha, ocorreu um caso de exorcismo que ficou conhecido como "O Caso de Emma Schmidt". A menina tinha 14 anos e começou a apresentar sinais de possessão, incluindo a capacidade de falar em línguas antigas e demonstrar força sobrenatural. O padre católico Josef Kramer realizou uma série de exorcismos que duraram três meses. Durante os rituais, Emma supostamente levitava e demonstrava conhecimento de fatos que não poderia saber por meios normais. O caso de Emma Schmidt atraiu a atenção da imprensa e suscitou debates sobre o papel da Igreja no tratamento de transtornos mentais. Segundo arquivos alemães, entre 1920 e 1930 houve cerca de 25 casos de exorcismo que tiveram grande repercussão pública.

Emma Schmidt (1928)

Geórgia (2005) Caso na Romênia

Em 2005, na Romênia, ocorreu um caso de exorcismo trágico que chacoalhou a comunidade internacional. Irina Cornici, de 23 anos, monja, conhecida sob o nome de Georgia, foi submetida a um exorcismo no Mosteiro da Santíssima Trindade, no distrito de Vaslui. O exorcismo foi realizado por um grupo de monjas sob a direção do padre Daniel Corodžanu. Georgia foi amarrada numa cruz, teve a boca tampada com uma toalha e ficou sem alimento e água por três dias. Como resultado, a jovem morreu de desidratação e asfixia. Este caso provocou amplo eco na Romênia e além. O padre e quatro monjas foram condenados por homicídio involuntário. Segundo a Igreja Ortodoxa Romena, este foi o primeiro caso de morte durante exorcismo no país nos últimos 50 anos.

Geórgia (2005) Caso na Romênia

Victoria Hwa (2007)

Em 2007, na Nova Zelândia, ocorreu um caso chocante de exorcismo que resultou na morte de Victoria Hwa, de 22 anos. A jovem sofria de transtorno mental, mas a família, profundamente religiosa, decidiu que ela estava possuída por demônios. Um grupo de parentes e membros da comunidade local da igreja realizou o exorcismo, que durou vários dias. Victoria foi privada de comida e água, foi espancada e asfixiada na tentativa de "expulsar os demônios". Como resultado, a jovem morreu devido a ferimentos e desidratação. Nove pessoas, incluindo a mãe de Victoria, foram condenadas por homicídio culposo. Este caso suscitou debates sobre a necessidade de regulamentação de práticas religiosas e a proteção de membros vulneráveis da sociedade. Segundo a polícia da Nova Zelândia, este foi o primeiro registro de morte por exorcismo no país.

Victoria Hwa (2007)

Cristina Anderson (1995)

Em 1995, na Suécia, ocorreu um caso de exorcismo que chamou a atenção do público para a questão da saúde mental e das práticas religiosas. Cristina Anderson, de 29 anos, sofria de depressão e procurou ajuda em uma igreja local de pentecostais. O pastor da igreja e o grupo de fiéis realizaram uma série de sessões de 'cura pela oração', que na prática foram exorcismos. Durante uma dessas sessões, Cristina entrou em coma e, poucos dias depois, faleceu no hospital devido a edema cerebral. O caso provocou extensos debates na sociedade sueca sobre os limites entre liberdade religiosa e responsabilidade pela saúde dos fiéis. Segundo pesquisadores suecos, entre 1990 e 2000 houve cerca de 50 casos de exorcismo em várias comunidades religiosas.

Cristina Anderson (1995)

Sandy Davidson (2001)

Em 2001, na Austrália, ocorreu um caso de exorcismo que resultou em processo judicial e mudanças na legislação. Sandy Davidson, de 28 anos, sofria de transtorno bipolar e foi submetida a um exorcismo em uma igreja pentecostal em Sydney. Durante o ritual, que durou várias horas, Sandy foi contida à força, espancada e asfixiada na tentativa de "expulsar os demônios". Como resultado, a mulher sofreu ferimentos graves e trauma psicológico. Embora tenha sobrevivido, o caso levou a um processo contra a igreja e a mudanças na legislação de New South Wales, com o objetivo de proteger pessoas vulneráveis de práticas religiosas potencialmente perigosas. Segundo pesquisadores australianos, entre 2000 e 2010 houve cerca de 30 casos de exorcismo no país, o que gerou preocupações entre as autoridades.

Sandy Davidson (2001)

Conclusão

Estes casos chocantes de exorcismo demonstram a tênue linha entre fé religiosa e o perigo potencial para a saúde e a vida das pessoas. Eles ressaltam a necessidade de uma abordagem crítica a tais práticas e a importância de assistência médica e psicológica profissional em situações que possam ser interpretadas como a tal possesão. No mundo moderno, o equilíbrio entre respeitar as crenças religiosas e proteger os membros vulneráveis da sociedade continua a ser um problema complexo e atual.

Conclusão