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Cartão de identidade digital pode acender a vigilância em massa — britânicos voltam aos Nokia 3210 para evitar o plano de Starmer

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Hoje em dia, a maioria dos smartphones traz reconhecimento facial, várias câmeras e carregamento sem fio. Nos anos 90, as mensagens sobre telefones já diziam pouco; agora, os chamados “dumbphones” voltam a aparecer, alimentados pelo anúncio de um cartão de identidade digital obrigatório para todos os cidadãos do Reino Unido. O chamado Brit–Card reuniria nome, data de nascimento, foto, nacionalidade e status de residência, além de informações que podem abrir caminho para verificações de quem pode viver e trabalhar no país. A medida provocou resistência: uma petição com mais de 2,5 milhões de signatários a classifica como um passo para vigilância e controle digital.

Cartão de identidade digital pode acender a vigilância em massa — britânicos voltam aos Nokia 3210 para evitar o plano de Starmer

O que é o Brit–Card e o que ele exige

O governo diz que o Brit–Card seria armazenado de forma segura no smartphone, da mesma forma que dados de pagamentos sem contato ou informações da NHS App hoje. Entre os dados, constariam nome, data de nascimento, foto, nacionalidade e status de residência. O plano também prevê que o cartão possa se tornar obrigatório para cada trabalhador, possivelmente até 2029, como forma de verificar o direito de viver e trabalhar no Reino Unido. Além disso, o governo cita usos como prova de aluguel de imóveis e outras funções administrativas, mantendo a promessa de verificar identidades com uma base central, ainda que haja debates sobre a implementação real.

O que é o Brit–Card e o que ele exige

Reação pública: o símbolo de resistência dos telefones antigos

Nas redes, muitos dizeres populares passaram a buscar alternativas ao smartphone para evitar o app da ID digital. Comentários no X trazem a ideia de voltar aos telefones clássicos: “Não me obriguem a ter ID digital se eu tiver um Nokia 3210.”; “Há apenas uma maneira de lidar com a ID digital. Todo mundo volte ao Nokia 6210.”; “Parece que os Nokia 402 voltaram ao cardápio, pessoal!” Alguns usuários já anunciaram ações, como encomendar um telefone sem apps, sem Wi‑Fi e com acesso restrito, na esperança de ficar fora do ecossistema digital.

Reação pública: o símbolo de resistência dos telefones antigos

Como funciona na prática e o que muda

Apesar do entusiasmo de alguns, há entendimento de que há mal-entendidos sobre o funcionamento do sistema. O governo afirma que não será necessário carregar a ID o tempo todo; a obrigação de apresentar a ID digital aplica-se apenas à demonstração do direito de trabalhar. Em outras situações, a polícia não pode exigir a apresentação da ID de forma diferente do que já ocorre hoje, apenas pedindo nome e endereço. A ideia é que o uso da ID seja necessário apenas para confirmar o direito de trabalhar, com a verificação feita online contra uma base de dados central. O governo promete vias alternativas para quem não usa smartphones, mas detalhes ainda estão em consulta.

Como funciona na prática e o que muda