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Calor letal: 5 momentos históricos em que a temperatura matou centenas de pessoas

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O calor extremo não é apenas desconforto — é uma força que já ceifou milhares de vidas e deixou economias em alerta. Entre 2003 e 2015, episódios de calor intenso provocaram mortes em diferentes continentes e perdas bilionárias. Na Europa, em 2003, cerca de 72.000 pessoas morreram e a produção agrícola foi reduzida em cerca de 10%, com o PIB da região recuando em 1%. Em 2010, na Rússia, temperaturas acima de 40°C alimentaram incêndios que devastaram vilarejos, levando a cerca de 56.000 mortes e perdas estimadas em 15 bilhões de dólares. Outras regiões também conheceram tragédias: a seca de 1988 na América do Norte tirou 17.000 vidas e gerou 60 bilhões de dólares em perdas; em 2015, Paquistão e Índia enfrentaram 45–50°C com mais de 5.000 mortes; em 1987, a Grécia registrou cerca de 5.000 mortes. Estas histórias revelam que o calor extremo pode ter consequências tão letais quanto outros desastres naturais, e que a mudança climática aumenta esse risco.

Calor letal: 5 momentos históricos em que a temperatura matou centenas de pessoas

Europa, 2003: o verão que levou a temperaturas a níveis mortais

As temperaturas atingiram níveis recordes, sobrecarregando sistemas de saúde e abrindo brechas para complicações em doenças crônicas. Os que trabalham ou vivem sozinhos, idosos isolados e pacientes com doenças cardíacas ou respiratórias foram os mais atingidos. Estima-se que cerca de 72.000 pessoas morreram em decorrência da onda de calor. O impacto econômico foi significativo: as safras sofreram perdas de cerca de 10% e o PIB da Europa caiu aproximadamente 1%. A crise também expôs falhas em redes de proteção social e em alertas precoces que precisam ser fortalecidos para futuras ondas de calor.

Europa, 2003: o verão que levou a temperaturas a níveis mortais

Rússia, 2010: calor extremo e incêndios que ceifaram milhares

Em várias regiões centrais, as temperaturas superaram 40°C, alimentando incêndios que destruíram vilarejos inteiros e lançaram poluição perigosa no ar. O resultado foi um aumento de mortes por doenças respiratórias e cardíacas. Estima-se que cerca de 56.000 pessoas morreram em consequência do calor extremo e da fumaça. As perdas econômicas atingiram US$ 15 bilhões, cobrindo danos à agricultura, infraestrutura e custos de combate aos incêndios.

Rússia, 2010: calor extremo e incêndios que ceifaram milhares

América do Norte, 1988: seca e calor que devastaram vidas e economias

Uma longa onda de calor acompanhada de seca atingiu grande parte dos EUA e Canadá, reduzindo a produção agrícola e levando à escassez de água potável. Aproximadamente 17.000 pessoas morreram e as perdas econômicas ficaram em torno de US$ 60 bilhões, com quedas de safras, incêndios agrícolas e impactos na infraestrutura rural.

América do Norte, 1988: seca e calor que devastaram vidas e economias

Ásia do Sul (2015) e Grécia (1987): ondas de calor que ceifaram milhares — lições para o futuro

Em 2015, Paquistão e Índia enfrentaram temperaturas entre 45 e 50°C, atingindo milhões de pessoas, muitas em situação de pobreza e sem água potável. Morreu mais de 5.000 pessoas e centenas de milhares sofreram golpes de calor e outras doenças relacionadas ao calor extremo; o setor agrícola sofreu perdas consideráveis. Em 1987, a Grécia também vivenciou uma onda de calor que deixou cerca de 5.000 mortos, principalmente idosos; os hospitais ficaram lotados e as autoridades recorreram a câmaras frigoríficas para armazenar corpos. Essas séries de eventos mostram que a mudança climática aumenta a frequência e a intensidade de ondas de calor. Por isso, é crucial melhorar os sistemas de alerta precoce, garantir acesso a espaços frios e à água potável, fortalecer a infraestrutura de combate a incêndios e reduzir as emissões de gases de efeito estufa para proteger as populações no futuro.

Ásia do Sul (2015) e Grécia (1987): ondas de calor que ceifaram milhares — lições para o futuro