Banheiro turístico na China libera papel higiênico apenas após reconhecimento facial ou assistir a propaganda
Em banheiros públicos de um grande centro turístico chinês, o dispensador de papel higiênico não libera o rolo sem que o visitante se identifique. É preciso apresentar o rosto ou assistir a um curto comercial antes de acessar a cabine. A prática, apresentada como uma forma de reduzir o desperdício, faz parte de sistemas de reconhecimento facial e publicidade que transformaram uma tarefa comum em uma experiência tecnológica de vigilância. Fontes: Oddity Central. Um vídeo do China Insider mostra o funcionamento.
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Como tudo começou: o controle de papel via reconhecimento facial
Anos atrás, começaram a aparecer dispositivos que limitavam a quantidade de papel liberada por usuário por meio de reconhecimento facial. Em seguida, surgiram modelos com IA que permitiam apenas um lenço a cada 10 minutos. Hoje, existe uma versão mais recente que exige assistir a um anúncio antes de liberar o papel.
A regra atual: ver anúncio para receber o papel (ou pagar 0,5 yuan)
A versão mais recente funciona assim: o visitante é convidado a assistir a um curto comercial e só então recebe o rolo de papel. Como alternativa, pode pagar 0,5 yuan (cerca de 7 centavos) pelo papel. O China Insider divulgou um vídeo que mostra uma jovem escaneando um código QR, assistindo ao anúncio e recebendo o papel.
Por que isso funciona — e quais dúvidas surgem
A medida visa reduzir o desperdício de papel observado em grandes espaços públicos. Entretanto, surgem dúvidas sobre o que acontece com quem não tem telefone carregado ou não possui telefone. Como fica quem não consegue usar o sistema ou não quer ver propaganda?
Impacto humano e questões futuras
Além das dúvidas sobre privacidade e dados biométricos, a prática aponta para questões de equidade e acessibilidade. Se essa tendência se espalhar, é preciso um debate público sobre normas de privacidade, uso de IA e publicidade em espaços de uso comum. O que isso revela sobre o nosso cotidiano e a relação entre tecnologia, consumo e necessidades básicas?