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Balões contrabandistas de cigarros: o novo rosto do crime que invade aeroportos europeus

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Vilnius Airport, na Lituânia, um país báltico da UE que fica perto da Ucrânia e da Rússia, foi fechado neste fim de semana após a entrada de objetos voadores. Não foi um ataque com drones; foi uma operação com balões carregando cigarros contrabandeados. Segundo a BBC, 14 balões meteorológicos cruzaram a fronteira vindos da Bielorrússia, com a intenção de lucrar com nicotina barata. Autoridades recuperaram 11 balões e apreenderam 18.000 maços ilícitos. Alguns balões adentraram o espaço aéreo do aeroporto, obrigando o fechamento temporário. No fim das contas, parece que os criminosos de balões acabaram cometendo um crime ainda maior no caminho.

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O mapa do contrabando: números que revelam a dimensão do problema

Este episódio expõe uma rede de contrabando que usa a Bielorrússia como ponto de partida para o restante da União Europeia. A relação entre impostos elevados sobre cigarros e a demanda por produtos baratos torna possível esse tipo de operação. Dados da região sugerem que quase 30% de todos os cigarros vendidos na Lituânia são ilegais, e 90% desses vêm da Bielorrússia — 87% deles de uma fábrica específica. Em 2024, foram identificados 966 balões criminosos que voaram da Bielorrússia para a Lituânia, além dos que não foram encontrados. Embora drones pareçam o próximo passo, balões podem carregar mais peso e permanecer econômicos, mantendo-se uma prática de contrabando viável. Essa história ilustra como o crime transnacional pode se reinventar e contornar a fiscalização, afetando saúde pública e receitas estatais na UE.

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