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Arc de Trump: o arco colossal que promete celebrar os 250 anos dos EUA — e que revela uma sombra do passado

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Donald Trump revelou hoje um projeto grandioso para redesenhar o coração da capital. O presidente anunciou que supervisionará a construção de um grande arco para celebrar o 250º aniversário da nação. O arco, cuja semelhança com o Arc de Triomphe de Paris é evidente, ganhou o apelido carinhoso de “Arc de Trump”. A apresentação ocorreu na East Room, diante de doadores que ajudam a financiar um salão de baile de 90 mil pés quadrados no Salão Oeste. Ao pegar um modelo do arco, Trump disse que ele seria colocado em frente ao Lincoln Memorial, na entrada da Arlington Memorial Bridge. E acrescentou uma explicação que mistura história e simbolismo, citando interrupções causadas pela Guerra Civil e defendendo que “isso é uma boa razão” para o atraso.

Arc de Trump: o arco colossal que promete celebrar os 250 anos dos EUA — e que revela uma sombra do passado

A revelação no East Room: apresentação diante de doadores bilionários

Trump mostrou um modelo do arco gigante e afirmou que ele seria instalado em frente ao Lincoln Memorial, na entrada da Arlington Memorial Bridge. Ele descreveu a localização com detalhes: duas colunas de cada lado e um círculo no centro, lembrando que, há 150 anos, ficou no meio de uma discussão sobre o que deveria ser construído ali. O presidente afirmou que a Guerra Civil impediu a execução de um projeto anterior, justificando mais um motivo para a ideia atual.

A revelação no East Room: apresentação diante de doadores bilionários

Um passado controverso: a estátua de Robert E. Lee quase no local

Antes da divulgação oficial, ficou conhecido que, em 1902, seria colocada uma estátua de Robert E. Lee no local. “Em 1902, eles iam colocar uma estátua de Robert E. Lee — teria me parecido aceitável”, explicou Trump. A menção sinaliza como símbolos do passado ainda alimentam debates atuais sobre memória e espaço público.

Um passado controverso: a estátua de Robert E. Lee quase no local

Modelos 3D, perguntas de repórteres e o tom da promessa

Trump exibiu diferentes modelos 3-D da arquitetura para seus doadores na East Room. Quando questionado por um repórter sobre o propósito, respondeu: “É um arco… Vai ser construído.” Perguntado para quem, ele brincou: “Para mim!” Desde que retornou à Casa Branca, há nove meses, Trump supervisiona pessoalmente várias mudanças de design, inclusive no Rose Garden e na Sala Oval. Além disso, não especificou o custo exato nem quem financiaria o projeto; disse apenas que, para ele, “é tão relaxante” trabalhar com imóveis.

Modelos 3D, perguntas de repórteres e o tom da promessa

Arte, poder e promessas: doadores bilionários, o papel da estética e o futuro uso

Os doadores presentes eram representantes de grandes corporações, incluindo Google (Alphabet), Meta, Amazon, Lockheed Martin e Palantir. Trump prometeu que o produto final seria concluído com gosto “exquisito” e poderia ser usado para abrigar futuras inaugurações presidenciais. “Sou um designer importante, porque vêm propostas de pessoas que podem ser bons designers, mas, puxa, as coisas que eles recomendam são horríveis”, brincou o presidente. O projeto como um todo mostra o quanto a arquitetura pública pode se tornar palco de poder, imagem e debate.

Arte, poder e promessas: doadores bilionários, o papel da estética e o futuro uso