71 anos, campeã mundial de pole dance: após cirurgia de quadril, ela segue no topo — e alguns amigos a excluíram do Facebook
Mary Caryl Serritella, uma campeã mundial de pole dance que vive em Los Angeles, destaca-se entre as atletas mais velhas do esporte. Aos 71 anos, ela compete com jovens talentos, usando figurinos coloridos e movimentos potentes que desafiam o tempo. Ela voltou a competir mesmo após passar por uma substituição de quadril, mantendo as rotinas premiadas que a levaram ao título. Ela afirma: "Quando você compete, você evolui", mostrando como a competição a impulsiona a buscar mais. No caminho até o título, houve anos de trabalho árduo e, às vezes, choques que abalavam relacionamentos. "Alguns me excluíram do Facebook", ela revela, reconhecendo que o ceticismo de alguns não a impediu de seguir dançando. Ainda assim, Serritella continua a perseguir o sonho de provar que é possível superar limites.
Início tardio, treino em casa e uma vida sem academia
Ela fez a primeira aula de pole aos 57 anos e, diferente de muitos atletas, não tem treinamento formal anterior nem segue uma dieta restrita. Ao contrário de muitos competidores, ela descobriu uma paixão que acendeu rapidamente o fogo competitivo. Hoje, treina em torno de três vezes por semana, mas não frequenta academia. Em casa, ela tem dois poodles padrão que exigem caminhadas e usa alguns pesos de cinco libras como parte do treino. A alimentação é prática, sem obsessões: "Não sou uma dessas pessoas fanáticas; veja o que há na minha geladeira", diz. Ela acabou de julgar um concurso em Tucson e se prepara para se apresentar em Denver, em uma apresentação com tema de Harry Potter, vestindo-se como Professora Trelawny. Nas palavras de Serritella, o início também foi marcado por reações frias na sua cidade natal, Minett, Dakota do Norte, o que quase a desmotivou.
Campeã mundial em 2023 e as quatro regras douradas para durar
Em 2023, Serritella destacou-se ao tornar-se campeã mundial de pole dance em uma competição internacional realizada na Itália — fruto de anos de trabalho e perseverança. Mesmo com o ceticismo externo, ela manteve o foco e aprendeu a lidar com críticas, mantendo a alegria de dançar. Ela atribui o sucesso a quatro regras douradas que qualquer pessoa pode seguir: 1) beber muita água; 2) manter-se em movimento; 3) ser feliz; 4) generosidade de espírito e tempo. Além disso, ela lembra que, para iniciantes, o esporte traz desconforto: "Você vai sentir músculos que nem sabia que existiam e pode haver hematomas se a técnica não for bem executada." Para quem começa, recomenda praticar pelo menos seis aulas para desenvolver coordenação e confiança. E, mais importante, os benefícios vão além do físico: o pole dance oferece amizades, autoconfiança e uma visão de mundo mais resiliente. Ela compara o processo ao florescer de uma rosa no galho: "Estamos todas a desabrochar, e é possível prolongar esse florescimento por muito mais tempo do que o esperado." A experiência de ter feito uma cirurgia de quadril há cinco anos inspira-a a cuidar do corpo com paciência e a se recuperar com gentileza. Enquanto a vida avança, Serritella continua a se apresentar — em Tucson como jurada de concurso e, em Denver, em uma apresentação com tema de Harry Potter, vestindo-se como Professora Trelawny — mostrando que a dança pode ser ponte entre corpo, mente e comunidade.