2030 já está chegando: 90% das notícias escritas por IA — a previsão que parecia ficção em 2014
Em 2014, o engenheiro uruguaio Federico Pascual afirmou, no TEDx Durazno, que a IA "vai afetar todos os aspectos do trabalho que conhecemos". Na época, ele trabalhava na MonkeyLearn, uma empresa uruguaia de IA que, em 2022, foi vendida para uma companhia norte-americana por milhões de dólares. Muitos acharam a ideia "futurista" — ou até louca. Pascual chegou a prever que, até 2030, quase 90% dos artigos e notícias que lemos serão escritos por sistemas semelhantes. Citando Ray Kurzweil, ele acrescentou: "em 2029, os computadores alcançarão o mesmo nível cognitivo que os humanos". Ele afirmou ainda: "Precisamos começar a pensar no que podemos fazer para não perder nossos empregos". Hoje, Pascual vive em Berlim, desenvolve software e atua como conselheiro de seis startups de tecnologia, observando que muitas de suas ideias se tornaram realidade em menos de uma década.
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Quem é Federico Pascual? Contexto da previsão de 2014 e a trajetória até hoje
Pascual ficou conhecido por uma visão que, na época, parecia assustadora para muitos. Em 2014, no TEDx Durazno, ele afirmou que a IA transformaria todos os aspectos do trabalho. Naquela época, ele trabalhava para a MonkeyLearn, empresa de IA que, em 2022, foi vendida para uma companhia dos EUA por milhões de dólares. Muitos consideraram a previsão futurista ou exagerada. Hoje, ele vive em Berlim, desenvolvendo software e orientando seis startups de tecnologia. Apesar das críticas, ele observa que várias de suas ideias já se tornaram realidade em menos de uma década.
A virada tecnológica: a arquitetura Transformer e o que mudou
O ponto de virada veio com o paper "Attention Is All You Need", publicado pela Google em 2017, que apresentou a arquitetura Transformer. Segundo Pascual, "hoje, todos os modelos da OpenAI, Anthropic e DeepMind são baseados nisso". Essa mudança estrutural permitiu que modelos de linguagem evoluíssem rapidamente, abrindo caminho para os sistemas que conhecemos hoje.
O futuro do trabalho e o que cada um pode fazer
Pascual não acredita que a IA substitua todos os trabalhadores. "Os básicos são automatizados", ele diz, enquanto afirma que "aquelas pessoas com talento que fornecem direção, julgamento ou gosto permanecem fundamentais". Ele também aponta riscos: grandes empresas podem priorizar o mercado e o poder em detrimento da segurança. "Se você tem um modelo muito poderoso, não o retém até ter certeza de que é seguro: você o lança, porque não quer ficar para trás. A questão da segurança fica de lado". No fim, tudo depende de nós: não é a tecnologia que decide, é como lidamos com ela. Hoje, com um computador ou celular e internet, é possível usar ferramentas como o ChatGPT ou o Gemini; basta curiosidade para experimentar.
